O cenário político que se tem atualmente é o seguinte:
1) Estrangulamento gradativo de todas as ações de governo, ainda que à custa do comprometimento da economia. MPF (Ministério Público Federal) e Lava Jato se empenham em desmontar a cadeia produtiva de petróleo e gás. O TCU (Tribunal de Contas da União) mira suas armas nas hidrelétricas da Amazônia. O Congresso fuzila o ajuste fiscal. O torniquete continuará apertando enquanto o governo não recuperar legitimidade.
1) Estrangulamento gradativo de todas as ações de governo, ainda que à custa do comprometimento da economia. MPF (Ministério Público Federal) e Lava Jato se empenham em desmontar a cadeia produtiva de petróleo e gás. O TCU (Tribunal de Contas da União) mira suas armas nas hidrelétricas da Amazônia. O Congresso fuzila o ajuste fiscal. O torniquete continuará apertando enquanto o governo não recuperar legitimidade.
2) Polícia Federal e MPF impondo um cerco severo a todas as atividades do PT e de seus candidatos e o TCU ameaçando rejeitar as contas de Dilma. Esse cerco continuará aumentando.
3) Ampliação da recessão e do desemprego, agravados pela política monetária do Banco Central. Não há sinais de arrefecimento no horizonte. Vai piorar muito, antes de melhorar.
4) Incapacidade da presidente de articular um conjunto mínimo de propostas que se assemelhe a um programa de governo, de recriar algum sonho na opinião pública.
***
No momento, o quadro é de dispersão ampla do conjunto de forças que, de alguma maneira, apoiaria Dilma.
Em entrevista ao Washington Post, Dilma endossou as ações da PF. Na planície, Lula começa a preparar estratégias de imagem que o descolem do governo Dilma e do PT. E o PT trata de reforçar seus princípios, distanciando-se do governo Dilma.
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Paradoxalmente, há um amplo espectro de forças disponível na sociedade, à procura de uma alternativa contra a frente heterogênea, confluência de ódio, preconceito e uma gana tão ampla de destruir empresas que alguém, no meu Blog, taxou a esse movimento de ofensiva do país improdutivo contra o país que produz.
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Em que pese a crise e a desesperança, há uma enorme energia pronta para vir à tona, quando se resolver o nó político. O país acumulou um enorme acervo de conceitos, organizações, empresas, estruturas.
Hoje em dia, há grupos organizados e conceitos claros sobre políticas industrial, de inovação, há uma experiência acumulada no mercado de capitais, nas parcerias público-privadas, nos programas de gestão, na organização de modelos de atendimentos às pequenas e micro empresas. As políticas sociais estão no estado da arte, tanto no setor público quanto nas organizações privadas, e a nova economia e nova sociedade estão formando uma nova geração de empreendedores e militantes digitais com um perfil totalmente distinto da geração de seus pais.
Nas universidades, acumula-se um conhecimento amplo sobre uma extensa variedade de temas de desenvolvimento, da geografia das médias cidades ao modelo urbano das metrópoles.
Tudo isso confere à crise atual sua verdadeira dimensão: é uma crise política.
***
No Planalto se alimenta a esperança de que, passado o ajuste fiscal, possa avançar a agenda positiva, provavelmente sob a batuta do Ministro do Planejamento Nelson Barbosa.
Mas há um problema de “timing”.
Se a presidente não antecipar ações concretas de aproximação com os diversos segmentos sociais, econômicos, acadêmicos para começar a desenhar um plano de governo minimamente factível, não vai chegar até lá.
Seu tempo político encurtou drasticamente. Ou mostra agora alguma capacidade de iniciativa e começa a desenhar a fundo seu segundo governo agora, ou não chegará ao final do ano.
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No momento, o quadro é de dispersão ampla do conjunto de forças que, de alguma maneira, apoiaria Dilma.
Em entrevista ao Washington Post, Dilma endossou as ações da PF. Na planície, Lula começa a preparar estratégias de imagem que o descolem do governo Dilma e do PT. E o PT trata de reforçar seus princípios, distanciando-se do governo Dilma.
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Paradoxalmente, há um amplo espectro de forças disponível na sociedade, à procura de uma alternativa contra a frente heterogênea, confluência de ódio, preconceito e uma gana tão ampla de destruir empresas que alguém, no meu Blog, taxou a esse movimento de ofensiva do país improdutivo contra o país que produz.
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Em que pese a crise e a desesperança, há uma enorme energia pronta para vir à tona, quando se resolver o nó político. O país acumulou um enorme acervo de conceitos, organizações, empresas, estruturas.
Hoje em dia, há grupos organizados e conceitos claros sobre políticas industrial, de inovação, há uma experiência acumulada no mercado de capitais, nas parcerias público-privadas, nos programas de gestão, na organização de modelos de atendimentos às pequenas e micro empresas. As políticas sociais estão no estado da arte, tanto no setor público quanto nas organizações privadas, e a nova economia e nova sociedade estão formando uma nova geração de empreendedores e militantes digitais com um perfil totalmente distinto da geração de seus pais.
Nas universidades, acumula-se um conhecimento amplo sobre uma extensa variedade de temas de desenvolvimento, da geografia das médias cidades ao modelo urbano das metrópoles.
Tudo isso confere à crise atual sua verdadeira dimensão: é uma crise política.
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No Planalto se alimenta a esperança de que, passado o ajuste fiscal, possa avançar a agenda positiva, provavelmente sob a batuta do Ministro do Planejamento Nelson Barbosa.
Mas há um problema de “timing”.
Se a presidente não antecipar ações concretas de aproximação com os diversos segmentos sociais, econômicos, acadêmicos para começar a desenhar um plano de governo minimamente factível, não vai chegar até lá.
Seu tempo político encurtou drasticamente. Ou mostra agora alguma capacidade de iniciativa e começa a desenhar a fundo seu segundo governo agora, ou não chegará ao final do ano.
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