terça-feira, 16 de junho de 2015

DIRCEU RESPONDE A PF DO ZÉ (RUELA)


A defesa de Dirceu já havia apresentado, em janeiro, a cópia de todos os passaportes do ex-
ministro entre 2006 e 2013.


Histórico de viagens de Zé Dirceu é público desde janeiro


A cópia de todos os passaportes do ex-ministro entre 2006 e 2013 foi apresentada à Justiça em 
janeiro. Os documentos anexados ao inquérito demonstram que José Dirceu fez cerca de 120 
viagens ao exterior a trabalho, visitando 28 países. 

O jornal O Estado de S. Paulo publica hoje reportagem informando que a Polícia Federal decidiu, em 
15 de maio, rastrear as viagens de José Dirceu ao exterior para prestar consultoria. A notícia, no 
entanto, não traz novidade alguma porque, como o próprio jornal reconhece, a defesa de Dirceu já 
havia apresentado, em janeiro, a cópia de todos os passaportes do ex-ministro entre 2006 e 2013.
Os documentos anexados ao inquérito em janeiro demonstram que José Dirceu fez cerca de 120 
viagens ao exterior a trabalho, visitando 28 países. Clique aqui para ver o histórico da consultoria do 
Apesar da redundância do pedido, a defesa do ex-ministro vê com bons olhos a determinação da 
Polícia Federal. “Embora já tenhamos apresentado toda a documentação, a Polícia Federal irá 
constatar, por conta própria, que José Dirceu viajou mais de uma centena de vezes ao exterior 
representando o interesse de seus clientes”, afirma o advogado Roberto Podval. “O histórico de 
viagens não deixa qualquer dúvida que o ex-ministro viajou a Portugal na época do contrato com a 
Camargo Corrêa e foi por dezenas de vezes a países da América Latina para trabalhar em nome da 
Engevix, Galvão Engenharia, UTC e outras empresas, sejam elas investigadas pela Lava Jato ou 
não.”
A reportagem diz ainda que o ex-ministro é investigado por suposta lavagem de dinheiro na compra 
de imóvel de R$ 1,6 milhão, em 2012, onde funcionava a JD Assessoria. A suspeita não tem 
qualquer fundamento. Como a quebra do sigilo fiscal mostra, a casa foi comprada mediante entrada e 
financiamento com o Banco do Brasil em 161 prestações mensais, conforme consta nas declarações 
de renda do ex-ministro. Os antigos proprietários, intimados pela Justiça a falar sobre a venda, 
confirmaram a legalidade da negociação e o recebimento integral do valor.
Na semana passada, o foco em José Dirceu recaía sobre seus sigilos fiscal e bancário. A mídia deu 
ampla repercussão à decisão da CPI da Petrobras de requerer a quebra dos sigilos do ex-ministro. 
Como este blog publicou (clique aqui para ler), o pedido era inócuo porque os dados bancários e 
fiscais da consultoria e de José Dirceu já haviam sido quebrados pela Justiça do Paraná em janeiro e 
tornados públicos em março por decisão do juiz Sérgio Moro. Qualquer advogado, mesmo sem 
procuração nos autos, pode entrar no site da Justiça Federal do Paraná e pedir acesso a todas as 
informações
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