segunda-feira, 30 de março de 2015

PARÁ: PROFESSORES EXPULSAM FILIADA DA GLOBO



Professores estaduais expulsaram a equipe de reportagem da TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará, durante a manifestação grevista em frente à Secretaria de Administração do Estado.
A reação da categoria se dá em um momento de tensão entre os trabalhadores da educação e o governo do Estado, que tem utilizado os veículos de comunicação da família "Maiotrama"para desqualificar o movimento grevista, iniciado no dia 25 deste mês.
O sindicato da categoria afirmou na sexta-feira (27) que 89 municípios paraenses já haviam confirmado a adesão à greve na rede estadual de ensino, deixando sem aula cerca de 700 mil estudantes paraenses.
Representantes da Secretaria de Educação (Seduc) e da Secretaria de Administração (Sead) reuniram-se com representantes do SINTEPP para tratar das reivindicações da categoria, mas segundo os sindicalistas, o governo não acenou para o fim da greve, mantendo-se intransigente em relação às inúmeras reivindicações dos trabalhadores, entre eles o reajuste salarial com o mínimo do piso salaria nacional, a melhoria das condições calamitosas das escolas e a implantação definitiva do PPCR.

O SINTEPP denuncia: 

"Desde o Estatuto do Magistério na década de 1980 os professores da Rede Estadual de ensino extrapolam carga horária, por existir carência no estado de professor para assumir turmas nas escolas.
Porém a Seduc segue orientando as direções de escola a limitar a jornada docente do professor em 150h de efetiva regência, desrespeitando a recém legislação que permite 220h de efetiva regência, bem como ao fato de que deveria haver uma redução de carga horária do professor gradativa em 1/3 ao longo de três anos, contando a partir da lotação de 2015.
Queremos afirmar que não existe nenhuma proposta concreta do governo do estado para o pagamento do novo piso e seu retroativo à janeiro, fevereiro e março do corrente ano. Neste sentido, reafirmamos no que depender dos professores que estão na regência de classe, assumindo turmas nas escolas, não fazem parte de nenhuma máfia de horas extras, apenas estão servindo ao estado que não realizou ao longo dos últimos seis anos um concurso público sequer para suprir essa demanda.
É leviano por parte do governo utilizar-se de seu veiculo formal de comunicação, o grupo Maiorana através de seu Jornal O Liberal, para atacar, ofender e caluniar nossa categoria. Caso ocorra alguma máfia desta natureza cabe ao secretário de educação, Helenilson Pontes, apurar e tomar as providências cabíveis dentro do órgão.
Mais lamentável ainda é saber que anualmente milhões de reais são injetados no grupo Liberal para sustentar mentiras e defesas a este governo que afunda uma série de projetos sociais e não respeita setores fundamentais como a educação e a segurança. Recursos estes que deveriam ser aplicados para o bem estar da sociedade.
Mafioso é o governo que não cumpre sua obrigação. Mafioso é este grupo de comunicação, que por anos utilizou as antenas da TV Cultura, emissora estatal. Isso tudo com a anuência do governo".
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