Pedido de investigação contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos
Deputados, pode colocar o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, numa tremenda
saia justa; segundo o jornal Estado de S. Paulo, Cunha estaria implicado em razão do
depoimento do policial Jayme Alves Filho, que disse ter entregue propina supostamente
endereçada a ele; no entanto, o mesmo policial, conhecido como 'Careca', fez denúncia
semelhante relacionada ao senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que não figura no rol de
investigados; nos dois casos, a acusação de Careca foi negada pelo doleiro Alberto Youssef;
caso se confirme a seletividade, Janot terá que se explicar
247 - O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pode estar prestes a enfrentar uma tremenda saia justa. Caso se confirme que o pedido de investigação contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) está relacionado ao depoimento de um ex-policial que entregava propinas a mando do doleiro Alberto Youssef, Janot, que já é alvo da fúria de Renan Calheiros (PMDB-AL), terá um inimigo a mais.
Isso porque o ex-policial Jayme Alves, conhecido como Careca, acusou dois políticos de peso em seu depoimento. Segundo ele, recebeu ordens para entregar propinas, a mando de Youssef, para Eduardo Cunha e também para o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) – R$ 1 milhão, no caso do ex-governador de Minas Gerais.
Logo em seguida, Careca foi questionado pelo advogado Antonio Figueiredo Basto, que negou que Youssef tenha feito pagamentos aos dois políticos. "Vamos esclarecer que isso é uma citação e não tem relação com o meu cliente", disse ele. "Youssef não conhece o Anastasia e nem o Eduardo Cunha e nunca fez negócio com os dois. Se alguém deu, não foi ele".
Hoje, o jornal Estado de S. Paulo sugere que a denúncia contra Cunha decorre do depoimento de Careca. Se for verdade, ficará provada a seletividade da procuradoria-geral da República. Um dos políticos, Eduardo Cunha, será investigado, enquanto outro, Anastasia, terá sido blindado.
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