Após quase 10 anos sem falar à televisão, Suzane von Richthofen, 31, deu detalhes, pela primeira vez, sobre o dia em que participou do assassinato dos pais, em 2002, e a rotina na cadeia.
Presa em Tremembé, no interior de São Paulo, ela afirmou que a cadeia é o único lugar onde se sente segura e, por conta disso, pediu à Justiça o adiamento da progressão de sua pena para o regime semiaberto.
“Eu já passei por vários lugares do sistema penitenciário de São Paulo e sofri um bocado. Aqui [em Tremembé] encontrei tranquilidade, respeito, um emprego. Não tem outro lugar onde eu possa ter a segurança que tenho”, disse.
Caso não tivesse solicitado o adiamento, Suzane seria transferida para outro presídio, de onde poderia sair durante o dia para trabalhar.
“Estão construindo uma ala de progressão aqui, onde eu tenho segurança e eu resolvi esperar. Decidi não pagar para ver”.
Na estreia do “Programa do Gugu” (Record), ela contou ao apresentador que, no período em que ficou presa em Ribeirão Preto, ouvia boatos de que alguém arquitetava um plano para lhe matar, em troca de R$ 500.000.
“Minha passagem por Ribeirão foi um pouco tumultuada. Ninguém nunca me falou: ‘Vou te matar’. Mas eu ouvia conversas”.
Suzane admitiu, pela primeira vez, ter tanta culpa pela morte dos pais quanto Daniel Cravinhos, seu namorado na época do crime. Em depoimentos anteriores, ela afirmou ter sido influenciada pelo companheiro e o irmão dele, Cristian.
“Não é verdade que eu fui a cabeça de tudo. Eu fiz parte, fiz. Mas os três bolaram. O Cristian sabia menos da situação. Tanto eu quanto o Daniel temos culpa”, disse.
“Isso é uma coisa que não tem como esquecer. Faz parte da minha vida, da minha história. Eu me arrependo. Queria pular os 14 anos, não ter conhecido ele [Daniel], não ter namorado. Como eu queria”.
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