A "reorganização das esquerdas" defendida pelo ex-presidente Lula começa ganhar
musculatura; líderes de vários movimentos sociais, centrais sindicais e partidos como o PT, Psol,
PCdoB e PSTU estão se articulando numa frente popular que promete realizar uma série de
manifestações a partir do dia 1º de janeiro; objetivo é conter avanço de grupos conservadores e
de direita nas ruas e também no Congresso e no próprio governo federal; iniciativa é atribuída
ao líder do Movimento dos Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos; entre as primeiras
reivindicações estão uma Assembleia Constituinte exclusiva para a reforma política e a cassação
do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por quebra de decoro.
247 - O avanço de grupos conservadores e de direita nas ruas e também no Congresso e no próprio
247 - O avanço de grupos conservadores e de direita nas ruas e também no Congresso e no próprio
governo federal serão alvos de uma série de manifestações em 2015, organizadas por movimentos
sociais, centrais sindicais e líderes do PT, Psol, PCdoB e PSTU.
A primeira reunião do grupo de 40 líderes de movimentos de integrantes dos partidos ocorreu
A primeira reunião do grupo de 40 líderes de movimentos de integrantes dos partidos ocorreu
na semana passada, em um salão no Largo São Francisco, no centro de São Paulo. Participaram
lideranças do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Central de Movimentos Populares
(CMP), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Levante Popular da Juventude, Movimento
dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Via Campesina, Central Única dos Trabalhadores (CUT),
Consulta Popular, Intersindical e Conlutas, além de representantes dos quatro partidos e integrantes de
pastorais sociais católicas.
Reportagem do Estado de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira, 26, mostra que a iniciativa partiu de
Guilherme Boulos, do MTST, que no sábado havia feito elogios ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva na inauguração de um conjunto habitacional gerido pelo movimento, na Grande São Paulo.
Dias depois, Lula, que é cotado para disputar o Palácio do Planalto em 2018, divulgou vídeo no qual
Dias depois, Lula, que é cotado para disputar o Palácio do Planalto em 2018, divulgou vídeo no qual
diz que é preciso “reorganizar” a relação com os movimentos e partidos de esquerda se o PT quiser
“continuar governando o Brasil” (leia mais).
A frente popular de esquerda deve agir em duas linhas. A primeira é atuar como contraponto ao
avanço da direita nas ruas e no Congresso. Após os protestos contra a reeleição da presidente Dilma
Rousseff, esses grupos também preparam maior articulação. A segunda é buscar espaço dentro do
governo Dilma para projetos que estejam em sintonia com a agenda da esquerda, como reforma agrária
e regulação da mídia.
Os movimentos que participaram da reunião preparam um cronograma de manifestações que começa
com atos pela convocação de uma constituinte exclusiva para a reforma política na posse de Dilma, no
dia 1º. Em 1º de fevereiro, quando tem início a nova legislatura, um ato no Congresso vai pedir a
cassação do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) por quebra de decoro.
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