Jornal GGN - Relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o Teori Zavascki
encaminhou ao juiz Sergio Moro alguns questionamentos sobre a menção de congressistas que
supostamente receberam dinheiro desviado da Petrobras no esquema investigado pela Polícia Federal.
O advogado Fabio Tofic Simantob, que defende Gerson Almada, vice-presidente da Engevix, disse à
O advogado Fabio Tofic Simantob, que defende Gerson Almada, vice-presidente da Engevix, disse à
Corte que a Polícia Federal tem conhecimento de que parlamentares mantinham relações com o doleiro
Alberto Youssef desde setembro do ano passado. Sérgio Moro, entretanto, só reconheceu o fato após a
operação ter sido deflagrada, em 17 de março deste ano.
Na visão de Simantob, a iniciativa de Moro visa impedir que o caso seja remetido ao Supremo – onde
os deputados federais devem ser investigados, já que possuem foro privilegiado – e, assim, fuja do
controle do juiz.
Os políticos que apareceram na apuração desde 2013 são os deputados André Vargas (sem partido,
expulso do PT) e Luiz Argôlo (Solidariedade). Simantob citou ao STF dois fatos que poderiam
comprovar sua tese. Segundo ele, a PF citou o número do telefone de Argôlo em relatório de setembro
de 2013, e também apurou que houve entrega de R$ 120 mil ao chefe de gabinete do deputado
naquele mesmo ano.
A Folha de S. Paulo, ao noticiar o requerimento de Zavascki, informou que procurou Moro para tratar
do assunto, mas ele não quis se pronunciar. O juiz já foi questionado anteriormente sobre a suposta
proibição que impõe aos investigados na Lava Jato, sobre não citar parlamentares em seus
depoimentos, e disse que faz isso para preservar a “autoridade do Supremo” e porque a Operação não
se limita à corrupção envolvendo políticos.
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