quinta-feira, 30 de outubro de 2014

ADVOGADO DE YOUSSEF CONFIRMA ARMAÇÃO DE VEJA


O crime eleitoral cometido pela revista Veja, que pertence a Giancarlo Civita e é comandada 
pelo executivo Fábio Barbosa e pelo jornalista Eurípedes Alcântara (à dir.), foi confirmado, 
nesta quinta-feira, por reportagem do jornal Valor Econômico, pelo próprio advogado Antônio 
Figueiredo Basto, que defende o doleiro Alberto Youssef; reportagem da semana passada diz 
que Youssef afirmou que "Lula e Dilma sabiam de tudo"; eis, no entanto, o que aponta 
Figueiredo Basto: "Não houve depoimento no âmbito da delação premiada. Isso é mentira. 
Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada"; caso está nas mãos de 
Teori Zavascki, ministro do STF, que pode obrigar Veja desta semana a circular com direito de 
resposta; atentado à democracia envergonha o jornalismo

247 - A situação da revista Veja e da Editora Abril, que atingiu o fundo do poço da credibilidade no 
último fim de semana, com a capa criminosa contra a presidente Dilma Rousseff, acusada sem provas 
pela publicação, pode se tornar ainda mais grave.
Reportagem do jornal Valor Econômico, publicada nesta quinta-feira, revela algo escandaloso: o 
"depoimento" do doleiro Alberto Youssef que ancora a chamada "Eles sabiam de tudo", sobre Lula e 
Dilma, simplesmente não existiu.
Foi uma invenção de Veja, que atentou contra a democracia, tirou cerca de 3 milhões de votos da 
presidente Dilma Rousseff e, por pouco, não mudou o resultado da disputa presidencial, ferindo a 
soberania popular do eleitor brasileiro.
Quem afirma que o depoimento não existiu é ninguém menos que o advogado Antônio Figureido 
Basto, que representa o doleiro. "Nesse dia não houve depoimento no âmbito da delação. Isso é 
mentira. Desafio qualquer um a provar que houve oitiva da delação premiada na quarta-feira", disse ele.
Basto também nega uma versão pró-Veja que começou a circular após as eleições – a de que Youssef 
teria feito um depoimento e depois retificado. "Não houve retificação alguma. Ou a fonte da matéria 
mentiu ou isso é má-fé mesmo", acusa o defensor de Youssef.
Com isso, a situação de Veja torna-se delicadíssima. No fim de semana, a publicação passou por uma 
das maiores humilhações de sua história, ao ser obrigada a publicar um direito de resposta contra um 
candidato – no caso, a presidente Dilma Rousseff – em pleno dia de votação.
Agora, a revista pode ser condenada a circular neste próximo fim de semana com uma capa e páginas 
internas, também com direito de resposta. A decisão está nas mãos do ministro Teori Zavascki, que 
pode decidir monocraticamente – ou levar a questão ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Mas 
mesmo no plenário Veja tende a perder. Afinal, como os ministros justificariam o direito de informar 
uma mentira, com claras finalidades eleitorais e antidemocráticas?
Veja cometeu um atentado contra a democracia brasileira, que envergonha o jornalismo, e este crime é 
apontado pelo próprio advogado do doleiro Youssef. Os responsáveis diretos são: Giancarlo Civita, 
controlador da Abril, Fábio Barbosa, presidente da empresa, e Eurípedes Alcântara, diretor de Redação 
da Veja.
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