sexta-feira, 1 de agosto de 2014

PARAZINHO DE MERDA



Um policial militar, na feira do Ver-O-Peso, na quarta-feira (30), aborda o feirante Marcelo 
Rodrigues, 28 anos, e dispara-lhe um tiro na perna.
Ainda não rogado, o policial subjuga o feirante, que estava desarmado, e desfere outro tiro, na 
outra perna, quando a vítima, sem sustentação devidos aos disparos, vai ao chão.



Subjugado o feirante, o policial ameaça os mais afoitos, que queriam socorrer o colega.



Nada justifica a truculência policial. O Estado não deve, e nem pode, ser truculento e está 
obrigado a agir em estrita obediência aos protocolos normativos. Se concordamos com tal 
desproporcionalidade de abordagem estaremos aquiescendo que o melhor para nós é a 
incivilidade.

As fotos são de Amaury Silveira para o “Diário do Pará.
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Um comentário:

Anônimo disse...

Lamentavelmente parte das forças policiais do Pará está impregnada de malfeitores e inábeis. Instituição permeada de contradições, que não mais inspira confiança, pois não é parceira da sociedade. Nela há grupos permissivos com a criminalidade já que muitos de seus integrantes moram e convivem socialmente com a população marginalizada das periferias e convivem numa linha tênue com a criminalidade.
O crescente medo, desconfiança e descrédito com a justiça fez com que a maioria da população desacreditasse nessas corporações, fenômeno que fortalece a impunidade e o crime organizado, que por sua vez estende de fortemente seus tentáculos nessas instituições.
Há um processo de inversão nessas relações quando a autoridade policial perde a sua autoridade legal, passa a adotar a prepotência em suas ações, seja por temor a represálias legais, seja por desmotivação funcional ou e pela omissa coexistência com o crime, tipo: “não invade o meu terreno, que eu te deixo em paz”.
O destemor em relação às forças policiais traz como característica que é o comportamento cada vez mais ousado e agressivo, adotado pelos bandidos como nos casos de roubos de armas e assassinatos de policiais, talvez motivado pela política de redução do comercio ilegal e legal de armas no país e que acabou desarmando a sociedade de bem.
Curioso que não vemos notícias de que policiais federais foram vitimas desse tipo de crime ou assassinados. Será que e pelo fato de serem bem remunerados? De serem mais bem treinados ou de possuíram um sistema organizado e inteligente?! De possuírem sindicatos fortes?! Não seria o caso de unificarem as forças policiais e de desmilitariza-las?! Além de unificar os salários com os federais (PEC 300)?!
Por outro lado o colapso do sistema de educação, ausência de empregos e salarios de qualidade; falta de valorização e despreparo dos profissionais da educação; falta de planejamento e desestruturação familiar, alem da alienação consumista de produtos fúteis e vulgares. Os precários investimentos em infraestrutura e custeio na educação e cultura beiram ao ridículo.
A juventude paraense esta perdida, esta violentada e violenta, esta nas mãos do trafico, nas mãos da mídia que os tornou abobalhados, ignorantes. Quando trabalham acabam absolvidos pelo subemprego ou no mercado informal, vendendo roupas falsificadas e DVD piratas, balas nos coletivos ou lanches em bicicletas, já que escolas técnicas são raridades por aqui e Universidades ainda são excludentes.
Já imprensa sensacionalista, com seus animadores de audiência que atuam também como caricatos gurus motivacionais, policiais, acusadores, juízes e garotos propaganda, continua cometendo o mesmo erro em espetacularizar a banalizada violência todos os dias, dissimulando as reias origens desse fenômeno, tratando-o como algo inevitável e natural. Perdeu a capacidade de incentivar o debate com setores que estudam e convivem cientificamente com esses temas e apontar alternativas civilizadoras ao caso. O estado violência acaba sendo um produto valioso, pois vender sangue e a morte dá um lucro considerável para um pequeno setor.
Aí aparecerão pessoas que irão defender que o fenômeno e nacional. Sim, também é. Mas num estado que ostenta os piores índices de desenvolvimento humanos, a situação e mais grave e requer mudanças urgentes na criação e condução de políticas publica e sociais, pois o atual modelo que aí está sendo conduzido por um governo a há cerca de 20 anos, faliu. Modelo que tem desprezo da própria policia e de professores, é o prenúncio da barbárie nesse faroeste Caboclo.