quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O MEDO DE UMA PANDEMIA GLOBAL DO EBOLA


O Ebola é uma das mais fatais doenças conhecidas pela ciência médica moderna

O SURTO DE EBOLA É INCONTROLÁVEL
MAIL ONLINE | LIZZIE PARRY , EMMA GLANFIELD , MARIO LEDWITH


O mais recente surto de Ebola, a doença mais letal desde que foi descoberta em 1976, foi disseminado
a partir de uma aldeia da Guiné para Serra Leoa, Libéria e Nigéria
O medo de uma pandemia global de Ebola é justificado, com base nas informações de um perito sobre
a tentativa de rastreamento de 30.000 pessoas em risco de contaminação após a morte de um cidadão
americano na Nigéria.



O Ebola já matou 672 pessoas na Guiné, Libéria, Serra Leoa, Nigéria e infectou mais de 1.200 desde
que foi diagnosticado pela primeira vez em fevereiro. Os sintomas incluem febre súbita, vômitos e
dores de cabeça
Patrick Sawyer, portador da doença, embarcou, da Libéria para a Nigéria, em um voo que foi
potencialmente infectante para "qualquer um no mesmo avião".
O ator nigeriano Jim Iyke provocou indignação, postando uma foto usando uma máscara, quando
estava sentado em um saguão de aeroporto de primeira classe antes de fugir a Libéria.
O número de mortos contabilizados, no pior surto registrado desde que o vírus Ebola foi descoberto em
1976, é de 672 pessoas, enquanto que mais de 1.200 pessoas foram infectadas.



Autoridades de saúde da Nigéria estão em processo de rastreamento de 30 mil pessoas, que podem
estar em risco de ter contraído o vírus altamente infeccioso, após a morte de Patrick Sawyer em Lagos
A doença está dispersada pela África Ocidental, após ter sido detectada na Guiné, em fevereiro.
Desde então, as vítimas sucumbiram à doença, que começa com sintomas de gripe antes de evoluir
para a  catastrófica hemorragia interna.
A morte de um cidadão americano na capital nigeriana de Lagos, na sexta-feira, provocou temores de
que a doença poderia estar à beira de se espalhar para o Ocidente, como advertem os especialistas,
transportada através de fronteiras internacionais.
Patrick Sawyer, consultor do Ministério das Finanças da Libéria, morreu na sexta-feira depois de
chegar ao aeroporto de Lagos em 20 de junho, ter vomitado e sofrer diarreia em dois voos.
Ele tinha 40 anos de idade, quando compareceu ao funeral de sua irmã,que também morreu
contaminada pela doença.
Uma mulher em quarentena no Queen Elizabeth Hospital, em Hong Kong testou negativo para a
doença, apesar de voltar de uma viagem ao Quênia com os sintomas do Ebola.
Enquanto isso, dois pacientes suspeitos no Reino Unido também apresentaram resultados negativos.


A equipe médica dos Médicos Sem Fronteiras em Kailahun, Serra Leoa, onde o médico Sheik 
Humarr Khan morreu contaminado pelo Ebola.

O pânico provocado pela morte do Patrick Sawyer é justificado, diz o Dr. Derek Gatherer, da
Universidade de Lancaster, alegando que o vírus é tão infeccioso quanto a gripe.
Ele avisou que cada indivíduo infectado com a doença poderia propagar o vírus a, pelo menos, duas
outras pessoas.
"Qualquer passageiro e tripulante no mesmo avião poderia ter sido infectado porque o Ebola é fácil de
transmitir", disse ele.
"Ele pode ser transmitido através de vômitos, diarreia ou mesmo simplesmente pela saliva ou o suor,
além de ser transmitido sexualmente."
É por isso que há tanto alarme sobre a morte de Sawyer, por ter apresentado os sintomas durante o
voo, de modo que quem compartilhou o avião poderia ter sido infectado por seu vômito ou outros
fluidos corporais.


Patrick Sawyer, cidadão dos EUA, na foto com sua filha Ava, morreu na sexta-feira na capital 
nigeriana de Lagos infectado com o vírus Ebola. A sua morte aumentou os temores de uma 
pandemia global depois que ele voou da Libéria para a Nigéria

Patrick Sawyer foi colocado em isolamento First Consultants Hospital em Obalende, uma das partes
mais movimentadas da cidade que abriga cerca de 21 milhões de pessoas.
Ele usou dois voos para chegar a Lagos, a partir de Monróvia a Lomé e depois para a capital da
Nigéria.
Até agora, 59 pessoas que entraram em contato com o Sawyer foram identificadas por autoridades de
saúde da Nigéria e estão sob vigilância.
Mas as autoridades de saúde disseram que estão analisando a possibilidade de entrar em contato com
30 mil pessoas que poderiam estar em risco de ter contraído a doença.
O professor Sunday Omilabu, do Lagos University Teaching Hospital, disse que as autoridades de
saúde estão em processo de rastreamento de todas as pessoas que poderiam ter tido contato com Patrick
Sawyer.
Ele disse: "Nós estamos fazendo contatos. Agora temos informações sobre o voo. Nós temos as
informações sobre quem estava próximo dele."
"As nossas equipes estão no local, onde treinei o pessoal, e vão, agora, investigar aqueles que estavam
intimamente em contato com o paciente."
O conselheiro de saúde pública, Yewande Adeshina, acrescentou: "Nós estamos tentando entrar em
contato com mais de 30.000 pessoas neste mesmo cenário. Todos que entraram em contato com Prayer
vão ser tratados como suspeitos.


Decontee Sawyer, esposa do funcionário do governo liberiano Patrick Sawyer, disse que ela 
estremece ao pensar como o seu marido poderia ter facilmente voltado para os EUA levando a 
doença

O MSF - Médicos Sem Fronteiras - fez eco às preocupações, alertando que a crise que aflige a África
Ocidental só vai piorar, acrescentando que é impossível descartar a possibilidade de espalhada a
doença para outros países.
Bart Janssens, diretor de operações do MSF, alertou, em entrevista ao jornal La Libre Belgique, que
não existe visão abrangente de como lidar com o surto do Ebola.
"Esta epidemia é sem precedentes e está, absolutamente, fora de controle com uma situação que só
pode piorar, porque ela ainda está se espalhando, acima de tudo, na Libéria e em Serra Leoa, além de
alguns hotspots [regiões com grande diversidade biológica endêmica] muito importantes", disse ele.
"Estamos extremamente preocupados com o rumo dos acontecimentos, especialmente nestes dois
países, onde há falta de visibilidade sobre a epidemia.”
"Se a situação não melhorar rapidamente, existe um risco real de novos países serem afetados. Isso
certamente não está descartado, mas é difícil de prever, porque não conhecemos a epidemia."

A estrela de NOLLYWOOD postou foto usando máscara ao fugir da Libéria

Jim Iyke, uma estrela de 'Nollywood', postou a mensagem na sua página no Instagram dizendo que
tinha cancelado uma viagem de negócios para Monróvia, na Libéria - onde pelo menos 600 pessoas já
morreram por causa da doença.
Ele provocou indignação depois de postar a sua foto vestindo uma máscara, sentado no saguão do
aeroporto quando saía da Libéria.
A imagem de Iyke sentado em assentos revestidos em couro verde, no salão de luxo de primeira classe
do aeroporto, enquanto usava um relógio de designer caros e óculos de sol, foi postada com a legenda:
"Não tenho vergonha de admitir que isso assusta".
A imagem de Iyke viajando na primeira classe de luxo está em gritante contraste com os milhares de
liberianos que vivem aterrorizados pelo medo de contrair a doença mortal.
No entanto, grande parte da raiva sobre sua postagem resultou do medo entre os cidadãos nigerianos
de, aparentemente, Iyke estar viajando de volta para o país sem ter sido testado para ver se estava
infectado.
O usuário do Twitter @ Avariberry postou um comentário sobre a mensagem: 'Jim Iyke ou não ... ele
tem que ser examinado. # TestJimIyke.
Enquanto isso @ IcallDibbz_ disse: 'Por favor, ooo, James Ikechukwu, Jim Iyke, deve ser colocado
em quarentena.'
Outros notaram que Iyke tinha uma máscara facial para se proteger, mas estava usando uma camiseta
de manga curta.



Ativistas da área da saúde pediram autoridades da Food and Drug Administration dos EUA para
aprovar, em regime de urgência, a nova droga contra o Ebola, que poderia representar a cura para a
doença.
Eles estão pedindo - fast-track - que a Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos
autorize o uso da droga TKM-Ebola.
A petição, criada em change.org , afirma: "Um dos mais promissores medicamentos é o TKM-Ebola,
fabricado pela Tekmira Pharmaceuticals”.
"Esta droga tem se mostrado altamente eficaz em matar o vírus em primatas e a primeira fase de
ensaios clínicos, para avaliar a sua aplicação segura em humanos, foram iniciadas no início deste ano."
Em julho, o FDA colocou os ensaios clínicos em compasso de espera, apesar de 14 participantes de a
pesquisa ter reportado a segurança da droga, disseram os ativistas da saúde.
Os responsáveis ​​pela petição acrescentaram: "Tendo em conta que pelo menos um paciente tenha
transferido a doença a partir da Libéria para a Nigéria por viagens aéreas, a possibilidade de uma
pandemia global se torna cada vez mais provável".
"Em vista disso, é imperativo que o desenvolvimento destes medicamentos sejam rapidamente
monitorados pela FDA e o primeiro passo deve ser a liberação do domínio sobre o TKM-Ebola.
"Há um precedente para o rápido rastreamento anti-Ebola em casos de emergência, como aconteceu no
ano passado, quando um pesquisador foi exposto ao vírus e recebeu uma vacina experimental.”



Pacientes, que venceram com sucesso o vírus, foram liberados do centro de tratamento de Ebola, na
Guiné, informou o Médicos Sem Fronteiras
O Ministro dos Negócios Estrangeiros Philip Hammond declarou hoje que a doença é uma "ameaça
muito séria" para a Grã-Bretanha, enquanto se preparava para presidir uma reunião de emergência
sobre a forma de reforçar as defesas do país contra o vírus vicioso.
A reunião no momento que a União Europeia liberou um financiamento extra de € 2.000.000 para
ajudar a combater o surto de Ebola, elevando o financiamento total para 3,9 milhões de euros.
A comissária de Ajuda Humanitária da UE, Kristalina Georgieva, disse: "O nível de contaminação é
extremamente preocupante e precisamos intensificar a nossa ação para evitar que muitas mais vidas
sejam perdidas."
A União Europeia enviou peritos para ajudar as vítimas e tentar impedir o contágio, mas Georgieva
pediu um "esforço sustentado da comunidade internacional para ajudar a África Ocidental lidar com
esta ameaça".
As companhias aéreas britânicas estão em alerta para os casos envolvendo o vírus mortal, após testes
terem revelado que um homem morreu na Nigéria com a doença, depois de ter sido autorizado a
embarcar em um voo internacional da Libéria.
A Organização da Aviação Civil Internacional (OACI) reuniu os funcionários de saúde global para
discutir a aplicação de medidas para impedir a propagação da doença, enquanto a companhia aérea pan-
africana ASKY suspendeu todos os voos de e para as capitais da Libéria e Serra Leoa.
A British Airways informou que estava mantendo os seus voos para África ocidental, mas que estava
acompanhando de perto a situação.
Um britânico também foi testado positivo, colocando os médicos em alerta vermelho para a
possibilidade de o vírus Ebola estar a caminho para o Reino Unido.
Um porta-voz do Hong Kong's Queen Elizabeth Hospital, disse que o Centre for Health Protection
(CHP) será notificado se for confirmado que o paciente está sofrendo com o vírus Ebola.
Na Nigéria, as autoridades de saúde, disseram que estão em processo de rastreamento de 30.000
pessoas sob o risco de contrair a doença depois de entrar em contato com um liberiano, que morreu na
sexta-feira.
Enquanto isso, o britânico foi levado ao hospital de Birmingham, depois de reclamar de 'febre' em um
voo de volta para Midlands na África Ocidental.
Ele havia viajado de Benin, Nigéria, via Paris, na França, quando ficou doente na segunda-feira.
No entanto, uma série de testes mostraram que ele não foi contaminado pelo vírus Ebola que já matou
672 pessoas na Guiné, na Libéria e em Serra Leoa e infectou mais de 1.200 desde que foi
diagnosticado pela primeira vez em fevereiro.
Em outro susto, a equipe médica do Hospital Charing Cross, em Londres tratou um homem de vinte
anos, preocupado com a possibilidade de ter contraído o vírus esta semana.
Mas os seus sintomas foram rapidamente confirmados como não sendo ligados ao Ebola e os médicos
descartaram a necessidade de testes.
Medo: A equipe médica do Hospital Charing Cross, em Londres cuidou de um paciente preocupado
com o vírus esta semana. No entanto, os sintomas descartaram a contaminação pelo vírus Ebola.
Os temores sobre a capacidade de conter a propagação do vírus Ebola foram aumentados, após a
descoberta de um corpo de um jovem passageiro clandestino, que foi encontrado escondido em um
avião militar dos EUA.
O Pentágono disse que o menino, que se acredita ser de origem africana, foi encontrado perto da roda
de um avião de carga que desembarcou na Alemanha.
O avião estava em uma missão de rotina na África e fez paradas no Senegal, Mali, Chade, Tunísia e na
Estação Aero Naval de Sigonella, na Sicília antes de chegar a Ramstein.
Acredita-se que o menino subiu a bordo do avião no Mali, que faz fronteira com a Guiné - onde o atual
surto de Ebola surgiu no final do ano passado.
Os hospitais e centros médicos em todo o Reino Unido permanecem em alerta vermelho para o vírus
Ebola, com médicos sendo orientados a examinar os sintomas da doença que podem passar
despercebidos durante três semanas e matar 90 por cento das vítimas.


Surto: Não há nenhuma vacina ou cura para o Ebola, que é transmitido pelo contato com 
sangue infectado ou fluidos corporais

O Ministério da Saúde confirmou que foi colocado em prática um sistema de proteção para lidar com
um erro fatal e o vírus espalhar na Grã-Bretanha.
Um porta-voz disse: "Estamos bem preparados para identificar e lidar com quaisquer casos do Ebola,
embora nunca tenhamos verificado um caso no país."
O conselheiro científico chefe do governo também emitiu um alerta franco sobre a doença, afirmando
que ela poderia ter um "grande impacto" no Reino Unido.
Sir Mark Walport disse: "O Reino Unido tem sorte em relação à sua posição geográfica. Nós somos
uma ilha. Mas nós estamos vivendo em um mundo completamente interligado, onde as questões em
países distantes provocam grande impacto".
"As infecções mais perigosas dos seres humanos sempre foram aquelas que surgiram a partir de outras
espécies", disse ele ao Daily Telegraph, referindo-se ao vírus originário de morcegos e macacos.
Ele disse que o governo estava "de olho" no surto e estava preparado para a propagação da doença na
Grã-Bretanha, mas insistiu que o risco era "muito baixo".
Ele acrescentou: "Nós temos que pensar sobre o risco e gestão de risco de forma adequada."
A Public Health England adicionou temores sobre a propagação do vírus, dizendo que eles
"claramente não estão sob controle".


A Libéria fechou a maioria de seus postos de fronteira no domingo e os aeroportos e fronteiras 
da Nigéria estão estado em alerta máximo desde sexta-feira.


Vírus: Os sintomas de Ebola incluem febre alta, hemorragia, dano para o sistema nervoso e 
vómitos
O chefe da equipe médica que luta contra o Ebola em Serra Leoa morreu depois de ter contraído o
vírus há poucos dias. Sheik Omar Khan foi o responsável pelo tratamento de mais de 100 pacientes.


O professor Peter Piot, diretor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, disse que 
vírus, embora mortal, é "teoricamente fácil de ser contido".
__________________________________________________

Nenhum comentário: