Assessor da presidente Dilma Rousseff em assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia
classifica como "genocídio" e "massacre" os ataques de Israel contra os palestinos, que já
deixaram 700 mortos do lado de Gaza e 35 do lado dos israelenses; "O que nós estamos
assistindo no Oriente Médio, pelo amor de Deus, é um genocídio, é um massacre", afirmou;
Garcia diz também que ONU está enfraquecida; em nota, Itamaraty considerou "inaceitável" a
escalada de violência entre Israel e Palestina; nesta quinta-feira, disparos israelenses contra uma
escola da ONU na Faixa de Gaza deixaram nove palestinos mortos, incluindo uma criança de
um ano.
O governo brasileiro classificou nesta quarta-feira (23), em nota oficial, de “inaceitável” a escalada da
violência na Faixa de Gaza e informou que chamou o embaixador em Israel “para consulta”.
A medida diplomática de convocar um embaixador é excepcional e tomada quando o governo quer
demonstrar o descontentamento e avalia que a situação no outro país é de extrema gravidade.
A última vez em que o governo chamou um embaixador para consulta foi após o impeachment de
Fernando Lugo no Paraguai, episódio que o Brasil considerou como “ruptura da ordem democrática”.
Pelo menos 644 palestinos e 31 israelenses, entre estes 29 soldados, morreram em 16 dias de ofensiva
de Israel contra a Faixa de Gaza.
Após gesto diplomático do governo brasileiro, que convocou ontem seu embaixador em Tel Aviv,
Henrique Pinto, para consulta sobre a morte de palestinos, chancelaria de Israel respondeu duramente:
"Seu comportamento nesta questão ilustra a razão por que esse gigante econômico e cultural
permanece politicamente irrelevante"; autoridades do governo Dilma receberam com indignação
posição do governo de Benjamin Netanyahu e estudam a melhor reação a um comentário "tão duro"
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