POR RODRIGO RODRIGUES
Terra magazine
Sósia do técnico da seleção brasileira há um ano e meio, o analista de produção aposentado Wladimir Castro Palomo ganhou notoriedade depois de ter sido confundido de verdade com o técnico Felipão, por um dos jornalistas mais respeitados do Brasil.
No voo entre São Paulo e Rio de Janeiro, o 'Felipão de mentirinha' sentou ao lado de Mário Sérgio Conti – dono de um dos melhores textos políticos do País – e, como se espera de alguém que ganha a vida imitando Luiz Felipe Scolari na televisão, foi assediado pela platéia do avião.
O assédio e, talvez, as semelhanças, confundiram a cabeça do jornalista, que puxou assunto com o 'técnico', falando sobre a Seleção Brasileira, o esquema tático e as esperanças do Brasil na Copa do Mundo em casa.
O papo rendeu matéria de capa nos dois jornais de maior circulação do País: “O Globo” e “Folha de São Paulo” com a chamada: “Felipão sobre Neymar: ‘Se tivéssemos três como ele, a Copa seria umatranqüilidade'”, no último dia 19 de junho, logo após o jogo contra o México, em Fortaleza (CE).
Como todo jornalista atento, Mário Sérgio Conti pensou ter 'tropeçado na notícia' – como se diz no bordão jornalístico.
Para o sósia do Felipão, contudo, o encontro tem sido motivo dor de cabeça depois que o desmentido ou mal entendido veio a público:
“Não saio de casa desde que a notícia veio à tona e os jornais começaram a me ligar. O telefone toca o dia todo e estou com medo de perder o trabalho no Zorra Total depois que essa história apareceu.Medo da reação das pessoas sobre tudo isso”, afirma Wladimir Palomo.
O “Felipão da Zona Leste” diz que jamais teve a intenção de enganar o jornalista Mário Sérgio Conti. Segundo ele, diversas vezes no vôo os fãs o identificaram como sósia do Zorra Total - programa humorístico da TV Globo, que há cerca de quatro meses faz uma ponta, atuando, claro, como o Felipão de verdade:
“Dei a minha opinião para ele, como dou pra todos que me perguntam. Nesse país, quem é que não tem uma opinião sobre a seleção brasileira, sobre o que faria, quem colocaria ou onde mexeria?”, declara o sósia do Felipão. “Ele só se identificou como jornalista no final da entrevista. Dei meu cartão para ele dizendo que eu era mesmo o sósia. Jamais imaginei que iria ser confundido com o Felipão de verdade. No início todo mundo confunde, mas basta dois minutos ao lado para ver que nós falamos diferente, o bigode e o tamanho da barriga também não são tão parecidos”, declara Wladimir Palomo.
Wladimir Castro Palomo ao lado do verdadeiro Felipão: semelhanças confunde jornalista e vira
piada na web (Foto: Divulgação)
O sósia do Felipão diz que resolveu imitar o técnico da seleção brasileira depois que o mesmo assumiu a seleção pela segunda vez ano passado, no lugar de Mano Menezes – hoje no Corinthians.
As semelhanças entre os dois começou ainda quando Felipão ganhou fama liderando o time do Palmeiras, no final dos anos noventa.
“Na Vila Cister onde eu moro, todo mundo dizia que a gente parecia. Quando a CBF chamou o Felipão de volta, minhas filhas insistiram pra eu comprar roupas iguais e daí nasceu essa loucura de imitar o Felipão. Nunca pensei em ser ator na vida. De repente a Globo me achou, virei personagem do Zorra Total e todo mundo quer tirar foto comigo. Como estava aposentando, achei que dava para ganhar um troco a mais para ajudar na casa. Mas esse monte de jornalista me ligando assusta muito, parece até que estou fazendo coisa errada”, desabafa o Palomo.
Desde o início do ano, o emprego no Zorra Total rende a Wladimir Palomo um cachê de R$2 mil por mês na TV Globo.
Desde quando as participações na Globo se tornaram constantes, o “Felipão do Zorra” - como é conhecido no bairro – já foi chamado para mais de 30 eventos pré-Copa, onde cobra por volta de R$3 mil por seis horas de trabalho – o cachê antigo era de R$1.200,00.
O maior medo de Wladimir Palomo, hoje com 54 anos, é que a grana extra oriunda da TV Globo acabe em virtude do mal entendido na ponte aérea Rio-São Paulo. Para o agora “novo sósia número 1 de Felipão”,não existiu nenhuma má intenção em se passar pelo técnico da seleção naquele bate-papo:
“A gente sempre espera que um jornalista culto saiba distinguir o falso. Ao entregar meu cartão para esse jornalista, deixei claro quem eu era. Não quero que ninguém pense que tentei enganar ninguém, porque não é do meu caráter fazer isso e tento ganhar a vida honestamente. Minhas filhas tão adorando essa fama repentina. Mas pra mim assusta e espero que o pessoal do Zorra Total não leve a mal essa confusão”, adverte o ator.
Em entrevista ao jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul, Mário Sérgio Conti admitiu o erro e disse que o engano aconteceu em virtude de nunca ter estado lado a lado do verdadeiro Luis Felipe Scolari:
“O papo durou cerca de meia hora. O tempo do vôo do Rio a São Paulo. Não desconfiei em nenhum momento que não fosse ele. Lera em algum lugar que a seleção estava de folga.Quando perguntei se toparia ser entrevistado na televisão, ele disse que sim, mas que estava muito ocupado naqueles dias. Aí me deu o cartão e rimos. Imaginei que era uma piada dele: entreviste esse sósia meu… Pensei realmente que era o Scolari. Nunca estive com Felipão. Sequer vi entrevistas dele na televisão; só nas partidas, ao lado do campo. Achei todas as respostas dele sensatas. Perdão pela confusão. Felizmente, ela não prejudica ninguém. Não afetará a Bolsa, a Copa ou as eleições”, declarou o jornalista ao Zero Hora.
Sósia do técnico da seleção brasileira há um ano e meio, o analista de produção aposentado Wladimir Castro Palomo ganhou notoriedade depois de ter sido confundido de verdade com o técnico Felipão, por um dos jornalistas mais respeitados do Brasil.
No voo entre São Paulo e Rio de Janeiro, o 'Felipão de mentirinha' sentou ao lado de Mário Sérgio Conti – dono de um dos melhores textos políticos do País – e, como se espera de alguém que ganha a vida imitando Luiz Felipe Scolari na televisão, foi assediado pela platéia do avião.
O assédio e, talvez, as semelhanças, confundiram a cabeça do jornalista, que puxou assunto com o 'técnico', falando sobre a Seleção Brasileira, o esquema tático e as esperanças do Brasil na Copa do Mundo em casa.
O papo rendeu matéria de capa nos dois jornais de maior circulação do País: “O Globo” e “Folha de São Paulo” com a chamada: “Felipão sobre Neymar: ‘Se tivéssemos três como ele, a Copa seria umatranqüilidade'”, no último dia 19 de junho, logo após o jogo contra o México, em Fortaleza (CE).
Como todo jornalista atento, Mário Sérgio Conti pensou ter 'tropeçado na notícia' – como se diz no bordão jornalístico.
Para o sósia do Felipão, contudo, o encontro tem sido motivo dor de cabeça depois que o desmentido ou mal entendido veio a público:
“Não saio de casa desde que a notícia veio à tona e os jornais começaram a me ligar. O telefone toca o dia todo e estou com medo de perder o trabalho no Zorra Total depois que essa história apareceu.Medo da reação das pessoas sobre tudo isso”, afirma Wladimir Palomo.
O “Felipão da Zona Leste” diz que jamais teve a intenção de enganar o jornalista Mário Sérgio Conti. Segundo ele, diversas vezes no vôo os fãs o identificaram como sósia do Zorra Total - programa humorístico da TV Globo, que há cerca de quatro meses faz uma ponta, atuando, claro, como o Felipão de verdade:
“Dei a minha opinião para ele, como dou pra todos que me perguntam. Nesse país, quem é que não tem uma opinião sobre a seleção brasileira, sobre o que faria, quem colocaria ou onde mexeria?”, declara o sósia do Felipão. “Ele só se identificou como jornalista no final da entrevista. Dei meu cartão para ele dizendo que eu era mesmo o sósia. Jamais imaginei que iria ser confundido com o Felipão de verdade. No início todo mundo confunde, mas basta dois minutos ao lado para ver que nós falamos diferente, o bigode e o tamanho da barriga também não são tão parecidos”, declara Wladimir Palomo.
Wladimir Castro Palomo ao lado do verdadeiro Felipão: semelhanças confunde jornalista e vira
piada na web (Foto: Divulgação)
O sósia do Felipão diz que resolveu imitar o técnico da seleção brasileira depois que o mesmo assumiu a seleção pela segunda vez ano passado, no lugar de Mano Menezes – hoje no Corinthians.
As semelhanças entre os dois começou ainda quando Felipão ganhou fama liderando o time do Palmeiras, no final dos anos noventa.
“Na Vila Cister onde eu moro, todo mundo dizia que a gente parecia. Quando a CBF chamou o Felipão de volta, minhas filhas insistiram pra eu comprar roupas iguais e daí nasceu essa loucura de imitar o Felipão. Nunca pensei em ser ator na vida. De repente a Globo me achou, virei personagem do Zorra Total e todo mundo quer tirar foto comigo. Como estava aposentando, achei que dava para ganhar um troco a mais para ajudar na casa. Mas esse monte de jornalista me ligando assusta muito, parece até que estou fazendo coisa errada”, desabafa o Palomo.
Desde o início do ano, o emprego no Zorra Total rende a Wladimir Palomo um cachê de R$2 mil por mês na TV Globo.
Desde quando as participações na Globo se tornaram constantes, o “Felipão do Zorra” - como é conhecido no bairro – já foi chamado para mais de 30 eventos pré-Copa, onde cobra por volta de R$3 mil por seis horas de trabalho – o cachê antigo era de R$1.200,00.
O maior medo de Wladimir Palomo, hoje com 54 anos, é que a grana extra oriunda da TV Globo acabe em virtude do mal entendido na ponte aérea Rio-São Paulo. Para o agora “novo sósia número 1 de Felipão”,não existiu nenhuma má intenção em se passar pelo técnico da seleção naquele bate-papo:
“A gente sempre espera que um jornalista culto saiba distinguir o falso. Ao entregar meu cartão para esse jornalista, deixei claro quem eu era. Não quero que ninguém pense que tentei enganar ninguém, porque não é do meu caráter fazer isso e tento ganhar a vida honestamente. Minhas filhas tão adorando essa fama repentina. Mas pra mim assusta e espero que o pessoal do Zorra Total não leve a mal essa confusão”, adverte o ator.
Em entrevista ao jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul, Mário Sérgio Conti admitiu o erro e disse que o engano aconteceu em virtude de nunca ter estado lado a lado do verdadeiro Luis Felipe Scolari:
“O papo durou cerca de meia hora. O tempo do vôo do Rio a São Paulo. Não desconfiei em nenhum momento que não fosse ele. Lera em algum lugar que a seleção estava de folga.Quando perguntei se toparia ser entrevistado na televisão, ele disse que sim, mas que estava muito ocupado naqueles dias. Aí me deu o cartão e rimos. Imaginei que era uma piada dele: entreviste esse sósia meu… Pensei realmente que era o Scolari. Nunca estive com Felipão. Sequer vi entrevistas dele na televisão; só nas partidas, ao lado do campo. Achei todas as respostas dele sensatas. Perdão pela confusão. Felizmente, ela não prejudica ninguém. Não afetará a Bolsa, a Copa ou as eleições”, declarou o jornalista ao Zero Hora.
_____________________________________________________
Nenhum comentário:
Postar um comentário