quarta-feira, 2 de abril de 2014

O Esculacho ao Professor de Direito da USP que defende o golpe de 64



por : Paulo Nogueira

Maravilhoso o esculacho dirigido por alunos ao professor Carlos Gualazi, da Faculdade de Direito da USP. (aqui, o vídeo.)


É o melhor fecho para as lembranças e os debates em torno dos 50 anos do Golpe de 64. Felizmente, a cena foi gravada num vídeo que se tornou viral na internet.
Gualazi pediu para ser esculachado ao fazer, ou tentar fazer, o elogio da “Revolução”. Estava vestido a rigor para a ocasião, com uma vistosa gravata borboleta.
Ele já tinha avisado os alunos. E estes se prepararam adequadamente. Ele começa a ser apupado pelos presentes à sala de aula. Logo em seguida, estudantes invadem a sala, alguns encapuzados, e todos cantando um clássico da resistência. “Podem me prender, podem me bater, que eu não mudo de opinião.”
A reação de Gualazi foi cômica. Ele ainda buscou, num triunfo da esperança, colocar ordem na classe. Tirou o capuz de uma aluna, ficou num empurra-empurra com um aluno e opôs sua voz francamente minoritária à da turma em ampla maioria.
Gualazi, 67 anos, é uma figura singular. Ele tem um verbete na Wikipedia escrito evidentemente por ele mesmo. Nele está registrada, com visível orgulho, sua segunda carreira: a de músico profissional. Você vê ali até a foto de um cd do professor.
Mas um aviso na Wikipedia alerta o leitor de que, por “consenso”, foi pedida a “eliminação” do verbete.
Não sei exatamente o que é este consenso, mas coisa boa para Gualazi não é.
O esculacho deu duvidosa notoriedade a ele. A fama poderia vir antes, se alguém prestasse atenção a um livro de história que ele escreveu em parceria com Jânio Quadros.
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