quinta-feira, 24 de abril de 2014

BOMBA ! O TELEFONEMA DE DIRCEU A DILMA !


Esse Nelson Rodrigues …

O Conversa Afiada se orgulha de oferecer ao amigo navegante um furo de dimensão planetária.
A transcrição do telefonema de José Dirceu, da Papuda, para a Presidenta Dilma Rousseff, no gabinete presidencial do Palácio do Planalto.
Isso só foi possível, porque o Conversa Afiada entrou em contato com Lord Snowdown e conseguiu um Wikileeks muito antes do Fantástico.
Trata-se de generosa colaboração ao edificante trabalho da Procuradora Milhomens, que, movida por uma patriótica “denúncia anônima informal”, resolveu grampear o coração da República.
Clique aqui para ler sobre o impacto dessa salutar decisão na “segurança nacional” e aqui para ver que ela segue superior orientação.

À transcrição que abalará as colunas do Governo:
(Som de gravação – “esta é uma chamada a cobrar. Quando ouvir a identificação, desligue, se não quiser atender”).

José Dirceu – Olá, Dilma, aqui é o Dirceu.

Dilma Rousseff – Fala, Zé ! Tudo bem por aí ?

Dirceu - Tudo ótimo, Estela. Não podia estar melhor !

Dilma - Tão te tratando bem aí ?

Dirceu - Estela, me sinto no Península de Hong-Kong…

Dilma - Como assim ?

Dirceu - Menina, tenho jacuzzi com gueixas tailandesas …

Dilma - Não são gueixas japonesas ?

Dirceu - Não, Estela, aqui na Papuda são tailandesas…. Lençol de linho egípcio, vinho francês de primeira. O piorzinho é o Pera Manca …

Dilma - Quem leva o vinho ?

Dirceu - O Ricardo Sergio. E, você sabe, a adega dele só não é melhor do que a do Galvão Bueno.

Dilma - Gente fina é outra coisa ! E a alimentação ?

Dirceu - Vem tudo do Fasano. Espetacular.
Dilma - Pensei que fosse da casa do João Dória.

Dirceu - Não, Estela, isso é pra tucano chic. Eu não passo de um petista…

Dilma - Nós, né, Zé ?

Dirceu - Claro !

Dilma - Tá sentindo falta do Delúbio, do João Paulo, do Genoino…

Dirceu - Muito. Nós tínhamos até planejado roubar o cofre do Gilmar …

Dilma - Do Ademar ? De novo ?

Dirceu - Não, Estela ! Do Gilmar !

Dilma - Ah ! Não quero nem saber o que tem lá dentro.

Dirceu - Não, eu desisti. Sem eles a operação não teria sentido. Era pra pegar a grana e dar pro PT …

Dilma - Tem televisão aí, Zé ?

Dirceu - Tem, mas tem um problema. O Agnelo não comprou Bom-Bril para a antena e a gente vê o jornal nacional sem som.

Dilma - Que bom ! E dá pra perceber o noticiário do Kamel ?

Dirceu - Claro ! Eles só mostram desgraças, cenas de sangue, barbárie e violência no Cairo, Bagdá, Karachi, Kabul, na Faixa de Gaza. Uma miséria. O mundo está à beira do caos.

Dilma - O que é que você está lendo ?

Dirceu - As obras completas do Fernando Henrique.

Dilma - Ninguém merece, Zé.

Dirceu - Pois é, Estela. Mas, você sabe que estou até achando bom …

Dilma - Você pirou aí dentro. Nem o Cerra leu isso !

Dirceu - Não ! Veja bem. Quando caiu o crime de quadrilha, o Barbosa resolveu me dar uma pena adicional: ler as obras do FHC … Ele foi ou não foi generoso ?

Dilma - De fato. Podia te mandar sentar na cadeira do dragão …

Dirceu - E não mandou ! Devo ou não devo estar agradecido ?

Dilma - Sem dúvida, Zé. Você sabe que a cada dia que passa simpatizo mais com o Barbosa ?

Dirceu - Eu também, Estela. Tem um coração enorme !

Dilma - Claro, Zé, você sabe que ele é mineiro, né ?

Dirceu - Claro, como você e eu.

Dilma - Então, gente conciliadora, gentil, generosa.

Dirceu - E se o Nelson Rodrigues tiver razão, Estela ?

Dilma - O que tem o Nelson Rodrigues, Zé ?

Dirceu - Não foi ele quem disse que mineiro só é solidário no câncer ?

Nesse ponto, caiu a ligação.  

Paulo Henrique Amorim
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