A direita brasileira é tragicômica.
Espalhou-se na internet o boato de que os cinco mil médicos cubanos que atuam no Mais Médicos estariam recebendo tornozeleiras eletrônicas como as de presidiários para evitar que debandassem para Miami.
Um monte de blogs e facebooks sem noção começaram a reproduzir a “nota” colocada por um gaiato direitista do Rio Grande do Norte, que se identifica como Joselito Müller, cuja imagem já é uma comédia, de que o Ministério da Saúde havia baixado uma portaria mandando colocar o tal artefato nos cubanos.
Está exibida acima a imagem, ou as imagens, do post e da figuraça.
Nem assim. Tem um monte de gente – inclusive médicos – reproduzindo, “seriamente”, a palhaçada.
É a histeria que as corporações médicas criaram.
Nem é, portanto preciso dizer que tudo é falso, embora o Ministério da Saúde tenha sido obrigado emitir um insólito comunicado dizendo o óbvio.
Mais irônico ainda é que a tornozeleira da foto é tucana: é uma foto distribuída pelo Governo de Minas Gerais, para ilustrar o uso de tornozeleiras em presidiários do estado, estrelada pelo Agente de Segurança Penitenciária Ferreira, da Secretaria de Defesa Social mineira.
Consta de um release distribuído pela Seds/MG no dia 17 de dezembro de 2012, onde se pode ver o Triângulo da Inconfidência no garboso uniforme do “agente de Fidel”.
Parece piada, e é. Eu, para ajudar, ainda acrescentaria que iam dar “anéis eletrônicos” de localização, em lugar de tornozeleiras, mas desistiram por causa da história dos dedos de silicone que médicos paulistas usavam para fraudar o ponto…
Mas não é piada, é tragédia que seja também em Minas que médicos, de fato, tenham de trabalhar usando tornozeleiras de presidiários.
Pois é, porque apesar de condenados pela Justiça por terem – meu Deus! -três médicos que retiraram órgãos de uma criança ainda viva, o Conselho Regional de Medicina recusou-se a cumprir o pedido do Judiciário para cassar-lhes o registro profissional.
Não está acreditando?
Os doutores Sérgio Gaspar, Celso Scafi e Cláudio Fernandes foram condenados, respectivamente, a 14, 18 e 17 anos de prisão em regime fechado por submeter o paciente a procedimentos inadequados, adulteração de diagnóstico da morte encefálica e retirada, quando ele ainda estava vivo, dos órgãos do menino Paulo Pavesi, então com 10 anos, em 2000.
Os dois últimos foram condenados pelo mesmo crime na morte do pedreiro José Domingos de Carvalho.
O fim seria o comércio ilegal de órgãos para transplante.
O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais inocentou-os, por não ver nenhum desvio ético em seus atos, apesar da longa, detalhada e apavorante sentença judicial.
Eles foram absolvidos e poderão seguir clinicando.
Mas isso não é motivo de escândalo para nossos coxinhas e para as mentes deformadas dos radicais de direita. Afinal, os doutores não eram cubanos, eram mineiros.
O CRM-MG, presidido por um personagem que chamei de “Dr. Puliça”por ameaçar chamar a PM para encarcerar qualquer médico cubano que encontrasse atendendo doentes, diz que o juiz julga com a lei e eles, com a ética.
Dá pra notar que tipo de ética.
A direita mais feroz está à solta, armando, mentindo, forjando.
E transformando a medicina, aos olhos da população, em uma triste piada.
Consta de um release distribuído pela Seds/MG no dia 17 de dezembro de 2012, onde se pode ver o Triângulo da Inconfidência no garboso uniforme do “agente de Fidel”.
Parece piada, e é. Eu, para ajudar, ainda acrescentaria que iam dar “anéis eletrônicos” de localização, em lugar de tornozeleiras, mas desistiram por causa da história dos dedos de silicone que médicos paulistas usavam para fraudar o ponto…
Mas não é piada, é tragédia que seja também em Minas que médicos, de fato, tenham de trabalhar usando tornozeleiras de presidiários.
Pois é, porque apesar de condenados pela Justiça por terem – meu Deus! -três médicos que retiraram órgãos de uma criança ainda viva, o Conselho Regional de Medicina recusou-se a cumprir o pedido do Judiciário para cassar-lhes o registro profissional.
Não está acreditando?
Os doutores Sérgio Gaspar, Celso Scafi e Cláudio Fernandes foram condenados, respectivamente, a 14, 18 e 17 anos de prisão em regime fechado por submeter o paciente a procedimentos inadequados, adulteração de diagnóstico da morte encefálica e retirada, quando ele ainda estava vivo, dos órgãos do menino Paulo Pavesi, então com 10 anos, em 2000.
Os dois últimos foram condenados pelo mesmo crime na morte do pedreiro José Domingos de Carvalho.
O fim seria o comércio ilegal de órgãos para transplante.
O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais inocentou-os, por não ver nenhum desvio ético em seus atos, apesar da longa, detalhada e apavorante sentença judicial.
Eles foram absolvidos e poderão seguir clinicando.
Mas isso não é motivo de escândalo para nossos coxinhas e para as mentes deformadas dos radicais de direita. Afinal, os doutores não eram cubanos, eram mineiros.
O CRM-MG, presidido por um personagem que chamei de “Dr. Puliça”por ameaçar chamar a PM para encarcerar qualquer médico cubano que encontrasse atendendo doentes, diz que o juiz julga com a lei e eles, com a ética.
Dá pra notar que tipo de ética.
A direita mais feroz está à solta, armando, mentindo, forjando.
E transformando a medicina, aos olhos da população, em uma triste piada.
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