segunda-feira, 2 de setembro de 2013

GLOBO COSPE NO GOLPE EM QUE COMEU E ENGORDOU


O Tijolaço desmonta a hipocrisia dos filhos do Roberto Marinho. Ele estava certo. Eles é que 
estão errados.

Ao anunciar em editorial, no dia 2 de abril de 1964, que “ressurgia a Democracia”, Roberto Marinho estava certo.
Ele sempre apoiou TODAS as intervenções militares e Golpes para tirar do poder líderes trabalhistas.
Sempre foi Golpista, desde Vargas.
Portanto, apoiar o Golpe de 64 foi a decorrência inevitável de uma sangrenta tradição.
Os militares engordaram a Globo e a Globo engordou com eles.
Os militares criaram uma rede nacional de comunicação e, para concretizá-la e expandi-la, o “Dr” Roberto” criou o jornal nacional.
Foi essa “nacionalização” da rede de micro-ondas e a propagação da ideologia da “Revolução” que fortaleceu os dois: o Golpe e a Globo.
Um cevava o outro.
O mais patético do editorial da Globo que considera que “o apoio editorial Golpe de 64 foi um erro” é dizer que “Roberto Marinho sempre esteve ao lado da legalidade”.
O correto é “Roberto Marinho sempre esteve ao lado de seus interesses”.
Quando o Golpe deu o que tinha que (lhe) dar, com uma entrevista “denúncia” de Antonio Carlos Magalhães ao jornal nacional, Marinho “rompeu” com o Golpe e aderiu ao Tancredo.
Depois, co-governou o Brasil, o Ministério da Fazenda, o Banco Central e o Ministério das Comunicações do Governo Sarney.
Roberto Marinho sempre esteve do lado certo – de seus interesses.
Quem está errado são os filhos dele, que não têm nome próprio.
Cercados pelo Google, pela Receita Federal, pelo ECAD, pelo CADE e pelos jovens que lhes jogam estrume na porta, os filhos do Roberto Marinho cospem no prato em que comeram – e no pai que lhes deixou uma fortuna em deterioração.
Por isso, correm aos pés do Lula para pedir ajuda.
O velho estava certo.
Errados estão os filhos.
O pai sabia onde estava seu interesse.
Os filhos não sabem.
Perderam o rumo.
Se é que algum dia tiveram.
Em tempo: outra manifestação de farisaismo deste suposto arrependimento editorial é dizer que o Dr Roberto protegia os comunistas da redação do Globo. Como se a generosidade com dois ou três comunistas convertidos à causa Global e aos encantos do Departamento do Pessoal redimisse a empresa da cumplicidade com a tortura de milhares de brasileiros.
Recomenda-se a leitura do Tijolaço, implacável com a “conversão” dos pimpolhos ao anti-Golpismo: quá, quá, quá!
Em tempo: não deixe de ler também o Saul Leblon, da Carta Maior, sobre o editorial farisaico da Globo. Leblon reconstitui o apoio popular de que o Jango desfrutava, no IBOPE, quando “ressurgiu a Democracia” para a família Marinho … – PHA

Paulo Henrique Amorim
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