quinta-feira, 25 de julho de 2013

Dilma foi apedrejada por conhecer história


Ela sabia que espanhois estiveram no Brasil antes de Cabral e pagou o preço disso.

Dilma sabia o que seus detratores ignoravam
Lula disse, estes dias, que Dilma apanha da mídia ainda mais que ele.
É difícil discordar, mesmo considerando que Lula apanhou e apanha muito.
Um episódio recente é ilustrativo.
Numa visita ao Ceará, Dilma disse que o Brasil se iniciara ali.
Em alguns blogues conservadores, Dilma foi ridicularizada pelo alegado erro. Burra, ignorante, dois neurônios – a lista de insultos foi enorme.
Mas o fato é que ela estava muito mais equipada e informada que seus detratores.
Historiadores admitem, hoje, que antes de Cabral navegadores espanhois estiveram no Brasil.
Um deles era Vicente Yañez Pinzón.
Reproduzimos abaixo trechos de um bom artigo sobre este assunto publicado há poucos meses pela revista História e republicado pelo Guia do Estudante, ambos da Abril.
“Em 1498, para apressar a exploração do Novo Mundo, os soberanos espanhóis decidiram permitir que empreendedores particulares montassem viagens ao outro lado do Atlântico.
Ao saber da notícia, um navegante da cidade de Palos de la Frontera animou-se em organizar sua expedição. (…)
Juntando seus recursos e alguns empréstimos, montou uma expedição com 4 caravelas e partiu para o Novo Mundo em novembro de 1499. Seu nome era Vicente Yañez Pinzón.


Pinzon chegou ao Brasil antes de Cabral

A pequena esquadra de Pinzón tornou-se a primeira expedição espanhola a cruzar a linha do Equador. (…) Meio perdidos, levados pelo vento e com a ajuda de uma tempestade, eles avistaram terra e desembarcaram no Brasil em 26 de janeiro.
(…) Historiadores defendem que o tal cabo fosse a Ponta de Mucuripe, em Fortaleza. Essa é uma das poucas controvérsias que existem acerca da viagem de Pinzón, pois sua existência e seus passos são muito bem registrados.”
Por saber o que seus detratores não sabiam, Dilma foi chamada de “anta”, “presidanta”, “dois neurônios” e por aí vai por aquela classe média tão bem descrita por Marilena Chauí.
É gente que não lê livros, não se ilustra, é dominada por preconceitos e é coberta por um maciço véu de ignorância.
Com todos estes atributos, enxergam nos outros o que eles próprios são.
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