Governo cogita recuar na Constituinte, diz ministro
Jornal GGN – O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou, nesta terça-feira (25), que o governo cogita recuar na proposta de plebiscito para convocar uma Assembleia Constituinte para debater a reforma política no país. O governo federal, porém, ainda se mostra favorável à ideia, mas apenas para ouvir os pontos que a população quer que sejam alterados no sistema político.
Após reunião com integrantes da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente, Michel Temer, Cardozo esclareceu que o governo ainda estuda como incluir a participação popular na discussão.
Após o encontro, o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, afirmou a jornalistas que o governo federal recuaria da ideia anunciada, nesta segunda-feira (24), pela presidenta em reunião com prefeitos e governadores de todo o país.
Pela proposta da OAB, um plebiscito seria convocado para a população decidir quais pontos quer mudar na reforma política, que depois seria aprovada pelo Congresso, e não para o povo decidir se deverá ser convocada uma Assembleia Constituinte exclusiva para definir os pontos da reforma.
Cardozo afirmou, na tarde desta terça-feira, que Dilma falou genericamente sobre a convocação de um processo constituinte. "A presidente da República, na sua manifestação, falou em processo constituinte específico. Ela não defendeu uma tese. Há várias maneiras de se fazer um processo constituinte específico", explicou.
O ministro da Justiça acrescentou que Dilma está aberta a ouvir diferentes propostas. Segundo Cardozo, "a presidente não fechou as portas para nenhuma das teses que podem permear esse processo constituinte específico". O ministro acrescentou que o governo vê "vantagens" na proposta da OAB, por não precisar mudar a Constituição e ser mais ágil.
"A diferença da proposta colocada agora é que ela não precisaria de mudança na Constituição, porque permite que possa ser feita por uma mera modificação da legislação; isso pode ser visto como uma vantagem dessa proposta", afirmou o ministro.
Este é o segundo dia de reuniões da presidenta com o objetivo de discutir soluções para encerrar a onda de manifestações no país. Além do encontro com a OAB, Dilma deverá se reunir com os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Mentira !
A Dilma não recuou.
O presidente da OAB não entendeu o que ela disse.
Ou a Folha não entendeu o que o presidente da OAB disse.
Quem não entendeu nada, como sempre, foi o zé Cardozo.
Que, aliás, disse ao FHC que é contra.
Dilma vai divulgar nota: ela não desistiu do plebiscito !
Podia, isso, sim, desistir do ministro da Justiça e arrumar outro.
Paulo Henrique Amorim
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