Cancheler do país disse que o asilo foi concedido porque ex-funcionário corre "perigo de
perseguição" nos Estados Unidos.
Agência Brasil
O ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, confirmou a concessão de asilo ao estadunidense Edward Snowden, ex-agente da NSA (sigla em inglês para Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos). Snowden é acusado pelo governo estadunidense de revelar arquivos secretos de Washington que comprovam monitoramento de comunicações na internet e em chamadas telefônicas.
Patiño afirmou que o governo equatoriano acredita que Snowden corre "perigo de perseguição" nos EUA. “O homem que tentou dar transparência aos fatos que afetam a todos é perseguido por aqueles que deviam dar explicações aos governos e aos cidadãos”, disse o chanceler.
Snowden enviou carta oficial ao presidente do Equador, Rafael Correa, para pedir asilo. O chanceler leu parte da correspondência, na qual o estadunidense diz que pode ser "preso e executado" sob a acusação de espionagem pelas autoridades dos Estados Unidos.
Segundo o chanceler equatoriano, não existe temor de possíveis represálias feitas por Washington ou que a relação entre os países fique estremecida, pois “o Equador atua sempre por princípios, e não pelos seus próprios interesses. Existem governos que atuam apenas pelos seus interesses. Nós não fazemos isso. Nó cuidamos dos direitos humanos".
O grupo Wikileaks disse ontem (24) que ajudou Snowden a sair de Hong Kong em segurança. Em 14 de junho, os EUA apresentaram três acusações de espionagem e roubo de propriedade governamental contra ele e exigiram de Hong Kong sua extradição imediata.
Em sua conta no Twitter, o Wikileaks informou que "ajudou no asilo político" do ex-técnico da CIA, "facilitando documentos de viagem e uma saída segura de Hong Kong rumo a um país democrático". Em um texto divulgado ontem pelo Wikileaks também no Twitter, Assange afirmou que a acusação apresentada pelos EUA contra Snowden "está destinada a intimidar a qualquer país que possa estar considerando defender seus direitos".
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