“Tudo começou porque eu era quase alcóolatra na faculdade”.
Conheça o ativista Mason Tvert: perfil tirado da Wikipedia a seu pedido
Boa parte dos americanos que vivem no Colorado estão rindo do resultado das eleições – mas não necessariamente por causa de Obama. Eles votaram a favor da legalização do uso recreativo da maconha entre adultos, bem como da posse e do plantio em pequenas quantidades. Ainda vai levar alguns meses, talvez um ano, antes das pessoas com mais de 21 poderem comprar a erva em lugares autorizados. O governador também precisa chancelar a lei, algo a que é obrigado a fazer num prazo de 30 dias depois da eleição. Mas a data já é considerada histórica. (O estado de Washington igualmente liberou geral).
A vitória é do grupo Campaign to Regulate Marijuana Like Alcohol, organização sem fins lucrativos que elaborou o texto da emenda 64, e de seu co-diretor, o gorducho Mason Tvert, 30 anos. Formado em ciências políticas na Universidade de Richmond, ele batalha desde os 25 para descriminalizar o uso da maconha, tentando alinhar suas penas com as do consumo de bebida. “Nós seremos uma sociedade melhor por causa disso”, afirma. A droga ainda é ilegal segundo as leis federais. Washington e Colorado terão de criar regras para acomodar o novo sistema.
Tvert é o que se poderia chamar de figurinha. É coautor do livro Marijuana is Safer: So Why Are We Driving People to Drink? e blogueiro do site Huffington Post. A seu pedido, a Wikipedia tirou do ar seu perfil. A alegação é de que, “enquanto a organização que ele dirige seja notável, seu fundador não é”. Exagero, claro. Tvert pouco fala de sua vida e procura se desvincular da imagem de apologista, mas é uma presença frequente na mídia. Quando o assunto é a sua causa, lá está ele na Fox, New York Times, BBC, Rolling Stone – e nas centenas de sites e revistas especializados do ramo, como High Times, West Coast Leaf etc.
Foi para uma delas que ele contou como foi sua iniciação. “Eu falo de experiência própria. Tudo começou porque eu era quase um alcoólatra na faculdade. Bebia demais. Uma vez tive de fazer uma lavagem estomacal. Eles dizem: ‘não use drogas!’ Mas não dizem ‘não beba e não dirija’”. Tvert conta que foi processado por ter sido flagrado com cannabis e forçado a contar com quem fumava e onde comprava. “Achei aquilo uma loucura. É óbvio, para qualquer sujeito sensato, que não tem cabimento essa repressão. Há uma quantidade ridícula de bebida rolando nas escolas e ninguém faz nada a respeito. Mas, se eles acham que você fuma maconha, toda a polícia do campus fica interessada.”
Tvert acha que a decisão no Colorado vai fazer florescer um mercado regulamentado de cultivo e venda, eliminando o tráfico e gerando milhões de dólares por ano em lucros, além de economizar processos judiciais por parte do governo. Sem contar o turismo. As montanhas para esquiar não serão mais o único motivo para visitas. “Estamos mais bem informados do que nunca sobre a maconha”, diz ele. “Ela não faz tão mal — é menos nociva que as bebidas alcóolicas — e é por isso que as leis têm de mudar”.
Boa parte dos americanos que vivem no Colorado estão rindo do resultado das eleições – mas não necessariamente por causa de Obama. Eles votaram a favor da legalização do uso recreativo da maconha entre adultos, bem como da posse e do plantio em pequenas quantidades. Ainda vai levar alguns meses, talvez um ano, antes das pessoas com mais de 21 poderem comprar a erva em lugares autorizados. O governador também precisa chancelar a lei, algo a que é obrigado a fazer num prazo de 30 dias depois da eleição. Mas a data já é considerada histórica. (O estado de Washington igualmente liberou geral).
A vitória é do grupo Campaign to Regulate Marijuana Like Alcohol, organização sem fins lucrativos que elaborou o texto da emenda 64, e de seu co-diretor, o gorducho Mason Tvert, 30 anos. Formado em ciências políticas na Universidade de Richmond, ele batalha desde os 25 para descriminalizar o uso da maconha, tentando alinhar suas penas com as do consumo de bebida. “Nós seremos uma sociedade melhor por causa disso”, afirma. A droga ainda é ilegal segundo as leis federais. Washington e Colorado terão de criar regras para acomodar o novo sistema.
Tvert é o que se poderia chamar de figurinha. É coautor do livro Marijuana is Safer: So Why Are We Driving People to Drink? e blogueiro do site Huffington Post. A seu pedido, a Wikipedia tirou do ar seu perfil. A alegação é de que, “enquanto a organização que ele dirige seja notável, seu fundador não é”. Exagero, claro. Tvert pouco fala de sua vida e procura se desvincular da imagem de apologista, mas é uma presença frequente na mídia. Quando o assunto é a sua causa, lá está ele na Fox, New York Times, BBC, Rolling Stone – e nas centenas de sites e revistas especializados do ramo, como High Times, West Coast Leaf etc.
Foi para uma delas que ele contou como foi sua iniciação. “Eu falo de experiência própria. Tudo começou porque eu era quase um alcoólatra na faculdade. Bebia demais. Uma vez tive de fazer uma lavagem estomacal. Eles dizem: ‘não use drogas!’ Mas não dizem ‘não beba e não dirija’”. Tvert conta que foi processado por ter sido flagrado com cannabis e forçado a contar com quem fumava e onde comprava. “Achei aquilo uma loucura. É óbvio, para qualquer sujeito sensato, que não tem cabimento essa repressão. Há uma quantidade ridícula de bebida rolando nas escolas e ninguém faz nada a respeito. Mas, se eles acham que você fuma maconha, toda a polícia do campus fica interessada.”
Tvert acha que a decisão no Colorado vai fazer florescer um mercado regulamentado de cultivo e venda, eliminando o tráfico e gerando milhões de dólares por ano em lucros, além de economizar processos judiciais por parte do governo. Sem contar o turismo. As montanhas para esquiar não serão mais o único motivo para visitas. “Estamos mais bem informados do que nunca sobre a maconha”, diz ele. “Ela não faz tão mal — é menos nociva que as bebidas alcóolicas — e é por isso que as leis têm de mudar”.
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