Gilmar Mendes, Ministro do Supremo, recebeu R$ 185 mil deste Mega-Caixa Dois.
Os repórteres Mauricio Dias e Leandro Fortes, na Carta Capital desta semana, publicam a contabilidade do maior de todos os mensalões.
Trata-se da contabilidade de Marcos Valério para a re-eleição de Eduardo Brandão de Azeredo a governador de Minas, e de Fernando Henrique Cardoso para Presidente, em 1998.
São “demonstrações de recursos arrecadados com as fontes e os recebedores”.
São 26 páginas.
Dez se referem a doadores.
Entre os ilustres doadores, o insigne Banco Opportunity, do banqueiro que mereceu dois HCs Canguru.
Dezesseis páginas se referem a recebedores.
Uma Mega-Caixa Dois que movimentou a bagatela de R$ 104 milhões.
Viva o Brasil !
Viva a UDN !
Viva o PiG !
Viva o Merval !
Gilmar Mendes, Ministro do Supremo, aquele que foi chantageado e não denunciou o chantageador; aquele que, segundo o Demóstenes ao Cachoeira, “mandou subir”, este Catão de Diamantino, recebeu, então, R$ 185 mil.
Nessa época, ele já trabalhava para o Presidente Fernando Henrique, e cuidava de instalar, em Brasília, seu Instituto de Ensino da Constituição por SMS.
R$ 185 mil !
Será que vieram do Banco Opportunity ?
Estão entre os recebedores: Paulo Henrique Cardoso e o pai, Fernando Henrique Cardoso, que, depois de expressa recomendação de Azeredo e de Pimenta da Veiga, são agraciados com a ninharia de R$ 573 mil.
Recebem tambem outros heróis do PiG, como Tasso Jereissati, Ronaldo Cesar Coelho e o indefectível Heráclito Fortes.
Há um ilustre petista, Senador Delcídio Amaral, que quase sepultou a CPI dos Correios antes de indiciar Daniel Dantas.
E se isso tudo for uma fraude ?
Como, por muito tempo, os tucanos disseram que era a Lista de Furnas.
Bem, Mauricio Dias e Leandro Fortes são macacos velhos.
Os documentos datam de 28/03/1999.
São assinados por Marcos Valério com firma reconhecida.
Os documentos têm uma cópia adicional, assinada por Valério e Cláudio Mourão, para dar autenticidade à contabilidade.
Além disso, Dias e Leandro mostram DOCs cujos valores coincidem com os mencionados nas operações para os beneficiários.
Há algumas surpresas no Mega Mensalão tucano.
André Lara Resende e Luiz Carlos Mendonça de Barros, os cérebros da Privataria, recebem insignificantes R$ 1 mil, cada.
Consta da lista, como quem recebeu R$ 1 milhão e 825 mil, a modelo Cristiana Aparecida Ferreira, assassinada.
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O ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas processa este ansioso blogueiro porque, ao noticiar os dois HCs Canguru, disse que aquilo equivalia a transformar o Supremo num balcão de negócios.
Quem defende o ex-Supremo nessa nobre açao é o notável jurisconsulto Sepúlveda Pertence.
Paulo Henrique Amorim
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