Nesta quarta-feira, 25, os
trabalhadores da Cosanpa irão parar suas atividades e se dirigir, às 8h,
à Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) para pressionar os deputados
a votarem contra o projeto de lei número 210/2011, de autoria do
governo do estado, que visa instituir no Pará as Parcerias
Público-Privadas (PPP's).
O projeto foi enviado pelo
Executivo à Alepa em novembro de 2011 pedindo que os deputados autorizem
a entrada de empresas privadas no controle de 14 áreas do Estado, tais
como saneamento (Cosanpa), educação (UEPA) e Economia (Banpará).
O Sindicato dos Urbanitários do
Pará, que representa os trabalhadores da Cosanpa, Celpa e Eletronorte,
esteve hoje, 24, na Alepa para articular votos contra o projeto e estará
amanhã de manhã presente na Assembleia.
Em
dezembro de 2011, representantes das centrais sindicais, trabalhadores
da Cosanpa, Banpará e de outras empresas públicas do Estado, lotaram as
galerias da Alepa em protesto contra as PPP's e conseguiram impedir que o
projeto entrasse em pauta.
Nesta quarta-feira, os trabalhadores voltam à Alepa em protesto contra a tentativa do governo de privatizar setores do governo.
Sindicato dos Urbanitários,
Sindicato dos Bancários e outras entidades do movimento sindical e
popular formaram a Frente contra a Privatização do Pará. A Frente
condena o repasse de serviços públicos à iniciativa privada e toma como
fundamento a privatização da Celpa, realizada em 1998.
O Grupo Rede Energia assumiu o
controle da Celpa, contraiu altos empréstimos, não investiu no sistema,
tanto que a Celpa foi eleita pela Aneel (Agência Nacional de Energia
Elétrica) como a pior do Brasil em 2010, repassou dinheiro arrecadado no
Pará a outras empresas do Grupo Rede, demitiu mais de 2 mil
trabalhadores, terceirizou serviços, elevou a tarifa e em fevereiro
desde ano pediu recuperação judicial alegando cerca de R$ 3 milhões em
dívidas.
"A privatização da Celpa deu
errado, por isso somos contra a privatização da Cosanpa e demais setores
do Governo. Entendemos que serviços essenciais devem ser mantidos pelo
poder público, visto que empresa privada não visa o bem social, mas
somente o lucro", justifica o presidente do Sindicato dos Urbanitários,
Ronaldo Romeiro.
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