quarta-feira, 25 de abril de 2012

Trabalhadores param a Cosanpa e vão à Alepa protestar contras as PPP’s

Nesta quarta-feira, 25, os trabalhadores da Cosanpa irão parar suas atividades e se dirigir, às 8h, à Assembleia Legislativa do Estado (Alepa) para pressionar os deputados a votarem contra o projeto de lei número 210/2011, de autoria do governo do estado, que visa instituir no Pará as Parcerias Público-Privadas (PPP's).
O projeto foi enviado pelo Executivo à Alepa em novembro de 2011 pedindo que os deputados autorizem a entrada de empresas privadas no controle de 14 áreas do Estado, tais como saneamento (Cosanpa), educação (UEPA) e Economia (Banpará).
O Sindicato dos Urbanitários do Pará, que representa os trabalhadores da Cosanpa, Celpa e Eletronorte, esteve hoje, 24, na Alepa para articular votos contra o projeto e estará amanhã de manhã presente na Assembleia.
Em dezembro de 2011, representantes das centrais sindicais, trabalhadores da Cosanpa, Banpará e de outras empresas públicas do Estado, lotaram as galerias da Alepa em protesto contra as PPP's e conseguiram impedir que o projeto entrasse em pauta.
Nesta quarta-feira, os trabalhadores voltam à Alepa em protesto contra a tentativa do governo de privatizar setores do governo.
Sindicato dos Urbanitários, Sindicato dos Bancários e outras entidades do movimento sindical e popular formaram a Frente contra a Privatização do Pará. A Frente condena o repasse de serviços públicos à iniciativa privada e toma como fundamento a privatização da Celpa, realizada em 1998.
O Grupo Rede Energia assumiu o controle da Celpa, contraiu altos empréstimos, não investiu no sistema, tanto que a Celpa foi eleita pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) como a pior do Brasil em 2010, repassou dinheiro arrecadado no Pará a outras empresas do Grupo Rede, demitiu mais de 2 mil trabalhadores, terceirizou serviços, elevou a tarifa e em fevereiro desde ano pediu recuperação judicial alegando cerca de R$ 3 milhões em dívidas.
"A privatização da Celpa deu errado, por isso somos contra a privatização da Cosanpa e demais setores do Governo. Entendemos que serviços essenciais devem ser mantidos pelo poder público, visto que empresa privada não visa o bem social, mas somente o lucro", justifica o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Ronaldo Romeiro.
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