quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Generais de pijama defendem torturadores.

Erundina e Fábio Comparato são a 1/2 que faltar


Em nota conjunta, clubes das três Forças Armadas, que representam militares fora da ativa, criticaram a presidente Dilma Rousseff por ela não ter demonstrado “desacordo” em relação a declarações de ministras e do PT sobre a ditadura (1964-1985). 
Segundo o texto, do dia 16, “ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas” no início de seu governo, quando Dilma disse que não haveria “discriminação, privilégios e compadrio” em sua gestão. 
A nota, antecipada ontem pelo “Estado de S. Paulo”, cita três declarações. A da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) ao “Correio Braziliense”, segundo a qual a Comissão da Verdade pode levar a responsabilização criminal de agentes públicos, a despeito da Lei da Anistia. 
Outro alvo dos clubes foi a ministra das Mulheres, Eleonora Menicucci, que “teceu críticas exacerbadas aos governos militares e, se autoelogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia”. (…)
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Quantas divisões têm os generais de pijama ? perguntaria Stalin sobre o Papa.
Na Argentina – oh ! que inveja ! - não têm divisão nenhuma.
E, condenados e encarcerados, limitam-se a blasfemar contra os presidentes Kirchner.
Aqui, não.
O Forte Apache dos torturadores é o Supremo Tribunal Federal.
Com a inesquecível relatoria de Eros Grau, o Supremo, por maioria, anistiou os torturadores uma segunda vez.
Mas, a Comissão de 1/2 Verdade pode recontar metade dessa história – e levar alguns deles, sobreviventes, ao cárcere.
Se não antes, com o Tribunal que a destemida Luiza Erundina montar na Câmara dos Deputados, para concluir, desde já, a metade que faltar na Comissão.
Os generais de pijama atacam o alvo errado.
Hoje, o problema deles é menos a Comissão do que Erundina. 

Paulo Henrique Amorim
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