Naji Nahas, o especulador que se diz dono do terreno de Pinheirinho, foi preso em julho de 2008 pela Polícia Federal durante a operação denominada Satiagraha.
Na ocasião, Nahas foi algemado junto com o banqueiro Daniel Dantas por crimes financeiros e lavagem de dinheiro.
No Pinheirinho, se aproveitou do apoio politico tucano, de um juiz e aproveitou a milicia de Alckmin para massacrar e expulsar os moradores.
Na última, quarta-feira dia 18, a Justiça suspendeu por 15 dias a ordem de desocupação.
A decisão foi em resposta ao pedido do senador Eduardo Suplicy, deputado federal Ivan Valente (PSOL) e os deputados estaduais Adriano Diogo (PT) e Carlos Giannazi (PSOL).
A própria massa falida da Selecta, que reivindica a área ocupada, concordou com a suspensão.
No entanto, horas depois, outro juiz federal, Carlos Alberto Antônio Júnior, substituto da 3ª Vara Federal, cassou a liminar que suspendia a reintegração de posse e..... a PM agiu rapidamente para cumprir a reintegração de posse.
A expulsão à força dos moradores de Pinheirinho trouxe à tona um personagem conhecido das páginas sobre
escândalos financeiros e policiais: o ex-megaespeculador Naji Nahas.
No caso do Pinheirinho, Nahas surge indiretamente como
pivô de confusões, marca de sua biografia nos últimos 23 anos, graças a
pendengas na Justiça.
O terreno ocupado por quase 6 mim famílias pertence oficialmente à
Selecta, holding que englobava 27 empresas pertencente a Naji Nahas
desde 1981. A Selecta, e o império de Nahas, começaram a ruir a partir
do fim dos anos 1980.
Os representantes dos moradores do assentamento argumentam que a
Selecta se apropriou indevidamente das terras, que antes pertenciam a um
casal de alemães assassinado em 1969.
O caso Pinheirinho é só mais um na longa lista de problemas de Naji
Nahas. Libanês de família oriunda do Egito, Nahas casou com uma
brasileira nos anos 1960 e aportou no País trazendo ao menos 50 milhões
de dólares para investir.
Começou com a criação de cavalos e coelhos.
Terminaria a década seguinte como um dos grandes nomes do investimento
da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro e figura fácil das colunas
sociais.
Na década de 1980, era a autêntica visão do capitalista
vencedor: charuto na boca, roupas caras, amigos influentes, Rolls-Royces
e muita, mas muita coluna social.
A figura pública de Naji Nahas começou a se deteriorar em 1989, com a
quebradeira da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro que o teve como
artífice. Nahas foi acusado de tomar dinheiro emprestado para negociar
ações para si próprio por meio de laranjas.
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