Com novos cortes militares, americanos serão incapazes de enfrentar dois conflitos terrestres.
O presidente dos EUA, Barack Obama, formalizou nesta
quinta-feira, 5, a nova estratégia militar do país – reduz o orçamento
do setor, estabelece uma diferente orientação das Forças Armadas ante
ameaças na Ásia e na região do Pacífico, mantém uma forte presença no
Oriente Médio e deixa claro que as forças terrestres deixarão de ter
condições de empreender campanhas prolongadas e em grande escala
simultâneas, como no Iraque e no Afeganistão.
O secretário da Defesa americano, Leon Panetta, deve revelar nesta semana sua estratégia para guiar o Pentágono no corte de centenas de bilhões de dólares de seu orçamento. Isso deve revelar a visão do governo de Barack Obama sobre as forças militares de que os EUA necessitam contra as ameaças do século 21.
Em uma mudança de doutrina provocada pelo aperto fiscal e por um acordo que evitou que um calote dos EUA, Panetta deve delinear planos para reduzir cautelosamente as forças militares.
Deixará claro que o Pentágono não manterá a capacidade de travar duas guerras terrestres simultaneamente.
Ele dirá que as forças militares serão capazes de combater e vencer um grande conflito, podendo também “prejudicar” as ambições de um segundo adversário em outra parte do mundo enquanto conduzem outras operações menores – como dar ajuda de emergência em catástrofes ou implementar uma zona de exclusão aérea.
Enquanto isso, autoridades do Pentágono decidem sobre cortes potenciais em virtualmente cada área dos gastos militares: arsenal nuclear, navios de guerra, aviões de combate, salários, aposentadoria e planos de saúde. Com o fim da guerra no Iraque e a retirada do Afeganistão, Panetta está avaliando em que medida reduzir as forças terrestres.
Existe um entendimento amplo de esquerda, direita e centro de que um corte de US$ 450 bilhões ao longo de uma década – a soma que a Casa Branca e o Pentágono acertaram – é aceitável.
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