terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Suíça manda Fifa abrir documentos da ISL

Presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e ex-presidente da Fifa, João Havelange, são acusados pela BBC de terem recebido propina de US$ 1 milhão da empresa de marketing esportivo; acordo para não divulgação dos nomes de envolvidos no caso caiu hoje na justiça suíça; Joseph Blatter aceita determinação; farsa poderá ser finalmente descoberta.

Por Agência Estado 

A Justiça suíça determinou nesta terça-feira que a Fifa divulgue os documentos do polêmico caso ISL, que envolveria o pagamento de propina a dirigentes da entidade pela empresa de marketing esportivo que faliu há 10 anos. Segundo a rede britânica BBC, os brasileiros Ricardo Teixeira e João Havelange estariam entre os acusados de corrupção.
Ainda há a possibilidade de recurso para impedir a divulgação dos documentos, mas a Fifa já avisou que concorda com a decisão judicial anunciada nesta terça-feira.
Mesmo porque, o presidente da entidade, Joseph Blatter, tem prometido revelar os detalhes do caso ISL desde outubro, quando lançou uma ofensiva contra a corrupção no futebol.
O caso ISL foi julgado pela Justiça suíça em junho do ano passado, mas os acusados teriam chegado a um acordo no qual devolveriam o dinheiro recebido da ISL e teriam seus nomes ocultados - segundo a BBC, os dois dirigentes envolvidos seriam justamente Ricardo Teixeira, presidente da CBF, e João Havelange ex-presidente da Fifa.
Blatter queria divulgar os documentos do caso ISL no dia 17 de dezembro, durante a reunião da Fifa no Japão. Mas uma ação judicial de um dos envolvidos impediu a publicação.
Agora, porém a Justiça suíça liberou a entidade para revelar os nomes de quem teria recebido propina da agência que negociava direitos de TV da Copa do Mundo.
Para a liberação dos documentos, a Fifa disse ainda esperar receber os detalhes da decisão judicial desta terça-feira, que não foram completamente divulgados pela Justiça suíça.
Mas, se ninguém entrar com recurso em 30 dias, o polêmico caso ISL deverá finalmente se tornar público, podendo comprometer os dois dirigentes brasileiros.
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