Por Renato Rovai
Os democratas estadunidenses e as tropas da Otan assassinaram três personagens cruéis e desprezíveis do pontos de vista histórico (e isso não é irônia): Bin Laden, Sadam e Kadaffi.
Isso significa que o mundo mudou?
Não e muito pelo contrário.
Os três foram aliados dos mesmos que os mataram em boa parte da história de suas vidas.
Mais de uns, menos de outros. Por mais tempo ou por menos.
Aliás, Kadaffi não era o amigão de Berlusconi até outro dia.
O Ocidente decadente está construindo novos aliados em diferentes partes do planeta, com o objetivo de manter as coisas do mesmo jeito e a seu favor.
Mas essa é uma operação de risco. E que pode produzir resultados tanto favoráveis, quanto uma crise sem precedentes.
Kadaffi era o inimigo comum de muitos grupos da Líbia.
Se confirmada sua morte (ainda é preciso esperar…) o que se abre é uma disputa pelo poder que pode tornar o país um novo Afeganistão. Ou pior.
Só que a Líbia é logo ali. A um pulinhdo da Itália. E consequentemente da Europa.
Como aliás, também são a Túnisia, a Grécia e mesmo o Egito.
A Europa que se prepare.
A conta pode ficar muito mais alta do que ela supõe.
E isso pode jogar mais alcool na crise internacional que já está se tornando uma fogueira descontrolada.
Se isso acontecer, Ocuppy Wall Street vai se tornar uma história só engraçadinha.
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