terça-feira, 23 de agosto de 2011
Aeronave não tripulada em operação militar na amazônia
OPERAÇÃO ÁGATA – Aeronave remotamente pilotada localiza pista clandestina na fronteira 23 de agosto de 2011, em Divulgação, UAS, UAV, VANT, por Alexandre Galante Caças A-29 destruíram o alvo identificado pelo veículo aéreo não tripulado da FAB
p://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads//2010/04/Barra-de-Cinco-Pixels6.jpg"> Um dos destaques da Operação Ágata é a estreia operacional da Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) Hermes 450. Esse veículo aéreo não tripulado já mostrou resultado: caças A-29 Super Tucano destruíram, durante a Operação, uma pista clandestina após um detalhado trabalho de reconhecimento do RQ-450, nova designação da ARP da Força Aérea Brasileira. Foi formada uma cratera de quatro metros de diâmetro por dois de largura.
Em apenas algumas horas de voo o RQ-450 coletou todas as informações para a missão de ataque. “Conseguimos saber vários detalhes do alvo e, inclusive, observamos que não havia pessoas no local para garantir a segurança durante o lançamento das bombas”, explicou o Tenente Coronel Ricardo Laux, Comandante do Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV) – Esquadrão Hórus, primeira unidade militar do Brasil a utilizar aeronaves do tipo.
A pista clandestina possuía 1.600 metros de comprimento e estava localizada na fronteira do Brasil com a Colômbia, em uma região conhecida como cabeça do cachorro. Quatro caças A-29 Super Tucano decolaram de um destacamento avançado da Força Aérea Brasileira em São Gabriel da Cachoeira (AM) para realizarem o ataque. Foram utilizadas oito bombas de 230 kg, o suficiente para impedir pousos ou decolagens até de pequenas aeronaves.
Toda a missão de reconhecimento foi coordenada a partir do centro de controle, onde um piloto e um operador de sistemas acompanham o voo do RQ-450. O equipamento é quase todo automático, mas o aviador gerencia todas as etapas da missão. “Eu posso simplesmente colocar uma coordenada ou determinar uma rota, mas se eu quiser pilotar ele manualmente eu assumo o voo”, afirmou o Tenente Coronel Laux.
As telas são dominadas pelas informações enviadas pelos sensores, geralmente uma câmera colorida com zoom e um sistema imagem por calor. “Para cada atividade existe um detector ideal”, disse o Tenente Coronel Laux. Os equipamentos a bordo permitem até localizar pessoas sob copa de árvores e, dependendo da distância, saber se elas estão armadas. “Em certas situações, a aeronave é capaz de detectar ações que já aconteceram, percebendo, por exemplo, o calor que uma aeronave deixou em um local”, completou o Comandante.
Durante a Operação Ágata, o Esquadrão Hórus está deslocado em uma pista escondida no meio da selva. A partir dali, o RQ-450 opera em uma vasta área da região. Com autonomia de até 16 horas, o avião de apenas seis metros de comprimento realiza missões de reconhecimento, vigilância, busca e inteligência. Todas as informações são transmitidas em tempo real para centros de comando em Manaus e em Brasília.
As principais vantagens do uso de uma Aeronave Remotamente Pilotada (ARP) é permitir que uma missão dure várias horas, com revezamento de tripulações na estação em solo. Além do cansaço, os militares também ficam longe de qualquer ameaça que possa existir, como fogo hostil. A ARP também se destaca por ser silenciosa e difícil de ser localizada. Caso necessário, toda a estrutura de apoio e o RQ-450 também podem ser rapidamente levados de avião para outro local.
A Operação Ágata começou no dia 7 de agosto e envolve o Exército, a Marinha, a Aeronáutica e instituições como a Polícia Federal, IBAMA e Receita Federal. As ações têm como objetivo coibir atividades ilícitas como o tráfico de drogas, crimes ambientais, garimpos ilegais e contrabando na região de fronteira entre Brasil e a Colômbia. Mais de 3 mil militares participam das ações.
FONTE: FAB
Leia mais (Read More): Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil
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