sexta-feira, 29 de julho de 2011

Obama piscou. Não deve haver acordo

No Tijolaço

É muito difícil que haja um acordo de médio e muito menos de longo prazo, hoje, no Congresso americano, sobre a elevação do teto da dívida.
O Governo Obama deu sinais de que não trancará o pé e vai ceder às pressões dos republicanos por cortes nas despesas sociais e para evitar aumentos de impostos sobre os mais ricos.
Agora à tarde, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney afirmou que o governo pode considerar concordar com uma elevação do teto da dívida norte-americana por alguns dias se isso for necessário para se chegar a um acordo final.
Uma operação “cata-moedinha” que revela o tamanho do impasse que os republicanos impuseram a Obama.
Obama está, já disse o Premio Nobel Paul Krugman, louco para ceder.
Mas os republicanos, tanto quanto ele de olho nas eleições, não parecem dispostos a deixar de esticar a corda.
Obama praticamente jogou fora as esperanças de que a votação de hoje à noite possa apontar uma saída. Já se disse disposto a passar o final de semana em reuniões à procura de uma saída antes de quarta-feira, data fatal para o início do calote.
E nós, aqui, que não temos nada com isso, vamos vivendo o risco de uma crise que, de uma hora para outra, mude os fluxos de capitais e desequilibre a situação que, à custa de muito prejuízo cambial, vamos conseguindo manter.
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