quinta-feira, 30 de junho de 2011

Violência contra os camponeses do Araguaia: a história que se quer apagar

Por Juliana Sada

A Pública – Agência de Jornalismo Investigativo produziu uma série de reportagens sobre a Guerrilha do Araguaia, focando no impacto da repressão militar na vida dos camponeses da região. As matérias são baseadas em depoimentos de camponeses e ex-soldados que compõem os 149 volumes do processo judicial que investiga do desaparecimento dos guerrilheiros e também em entrevistas inéditas.
Nos relatos, episódios de terror e violência extrema. Muitas camponeses tiveram sua vida desestruturada e foram obrigados a prestar serviços ao Exército, não apenas denunciando mas também buscando e executando os “paulistas”, como os guerrilheiros eram chamados pelos camponeses. Muitos que não colaboravam foram presos, torturados e executados. Com as prisões em massa e falta de celas, os camponeses eram colocados em buracos abertos nos terrenos das prisões.
De lá, os camponeses eram retirados para “dançar” sobre latas abertas ou tições de fogo, forçados a beber água com sal ou sabão quando tinham sede, humilhados e espancados em rodas de “taca”(surra). Os que se prontificavam a colaborar, denunciando ou mesmo prendendo os guerrilheiros, recebiam 1.000 cruzeiros por captura.
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