O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, vive um período de incertezas. Teme, depois de perder o parceiro egípcio na chamada ‘primavera árabe’, pelo aumento da violência na Síria.
Por Wálter Maierovitch.
Ultimatum de Israel diante do acordo de reconciliação que acaba de ser celebrado entre Fatah e Hamas.
O primeiro ministro de Israel, Benjamin Natanyahu, vive um período de incertezas. Teme, depois de perder o parceiro egípcio na chamada ‘primavera árabe’, pelo aumento da violência na Síria.
Natanyahu sabe que uma eventual queda do Bashar el-Assad, no poder desde 2000 e sucessor da ditadura do pai Hafez, levaria ao governo um grupo fundamentalista xiita hostil a Israel. No fundo, Natanyahu prefere lembrar um velho ditado árabe que diz ser preferível um inimigo conhecido do que um desconhecido. E com o inimigo Bashar, do grupo alauita do partido Baat, Israel mantém encontros secretos e há disposição de devolver as colinas de Gola perdidas na chamada Guerra dos Seis Dias (1967).
Para aumentar as preocupações, o premier israelense foi surpreendido com um acordo de reconciliação fechado entre o Hamas, que governa a faixa de Gaza, e o Al Fatah (Movimento de Libertação Nacional), que sustenta Abu Mazen como representante da Autoridade Nacional Palestina e como controlador da Cisjordânia. Para os 007 israelenses o acordo não chegaria a bom termo e por razões que levaram a não ter êxito o firmado em 2009.
Ao contrário do previsto pela inteligência israelense, Hamas e Fath, no Cairo (Egito), acabaram de fechar um acordo de reconciliação. O acordo versa sobre a futura formação do governo em face das eleições que ocorrerão no próximo ano.
A delegação do Hamas foi representada por Mahmud Zahar, responsável pela pasta de relações exteriores da faixa de Gaza, e por Mussa Abu Marzuq, que mora em Damasco (Síria). Do outro lado, estava Al-Ahmad como representante do movimento Al Fath.
O encontro realizado no Cairo foi presidido pelo chefe do serviço secreto do Egito, Murad Mouafi, e teve mediações realizadas por Nabil al-Arabi, chanceler egípcio Nabil al-Arabi.
Ao saber do sucesso do encontro e do acordo estabelecido, o direitista premier israelense soltou um ultimatum a Abu Mazen, presidente da Autoridade Nacional Palestina: “ Vão ter de escolher entre a paz com Israel ou a paz com o Hamas”.
Pano Rápido.
Como se percebe, Netanyahu já fez a primeira provocação.
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