terça-feira, 29 de março de 2011

O “bocão” de Agnelli na Vale. Mais de R$ 1mi por mês

No Tijolaço

O incansável Paulo Henrique Amorim dá conta, hoje, que Roger Agnelli está tentando evitar que se conheça quanto ganha como presidente da Vale.
A história é provocada pela resolução CVM nº 480/09, que prevê que as companhias abertas – portanto, com ações ao público – divulguem a maior e menor remuneração de suas diretorias.
Os executivos de finanças obtiveram uma liminar suspendendo a regra da Comissão de Valores Mobiliários e a CVM a derrubou, em julho do ano passado. A última informação que obtive é que estaria correndo – ou se arrastando – embargos de declaração à decisão que restaurou a eficácia da resolução.
Mas o PHA está quase certo quando diz que sabe quanto ganha a diretoria da Vale: R$ 80 milhões por ano, como o informou um navegante.
Está quase certo porque este chato tijoleiro aqui já achou o valor exato:  foram pagos, em 2011, exatos R$ R$ 79.418.354 (isso mesmo, quase R$ 80 milhões) aos sete diretores da empresa, entre salários, benefícios em dinheiro e bônus. Não é futrica nem conversa, é documento da Vale, que você pode baixar aqui.
Trocando em miúdos – ou em graúdos – isso dá R$11.345.479,14 por ano para cada um, em média ou a bagatela de R$ 945.456,56 para cada um dos 12 meses do ano. Ah, sim, isso não inclui carro, motorista, plano de saúde, etc, etc…
Mas a imprensa só se interessa em matérias sobre o “escândalo” dos salários dos diretores da petrobras, que ganha 30 e poucas vezes menos que os diretores da Vale. Cerca de R$ 30 mil, bem abaixo do mercado de altos executivos.
E como o D. Roger Agnelli, como presidente, deve ter uma remuneração maior que os demais diretores, é modesto estimar que a boca rica lhe rende algo acima de R$ 1,3 milhão por mês.
Dá para entender agora como é forte a “relação afetiva” de Agnelli com o cargo?
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