Por Antonio Delfim Netto
Uma das mais graves consequências da recente crise mundial é que o dólar americano perdeu boa parte de sua credibilidade como âncora do sistema financeiro internacional. Apesar de ainda ser a moeda (unidade de conta) de 4/5 transações de ativos de toda natureza (bens e serviços financeiros) e de ser largamente dominante no estoque de reserva dos países, ele assiste a um progressivo desgaste do seu papel como referência para todas as outras moedas. Não é a primeira vez que isso acontece. No gráfico abaixo, são particularmente visíveis as desvalorizações nos anos 70 do século passado quando os EUA abandonaram o padrão ouro, na segunda metade do fim dos anos 80 e a partir de 2001. Nos dois primeiros episódios houve uma recuperação posterior do valor do dólar. A dúvida é sobre o que vamos assistir no futuro.
Quando se leva em conta o passado dos EUA, o anúncio da morte do dólar parece um pouco prematura. Tal passado foi resumido no artigo de Barack Obama, no "Wall Street Journal" de 18 de janeiro de 2011: "Durante dois séculos, a economia do livre mercado nos EUA não foi apenas a fonte de ideias maravilhosas e produtos revolucionários mas, também, a da prosperidade do mundo como o conhecemos.
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