quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Pela primeira vez, Lula admite: mensalão foi um Golpe

Jefferson, mensageiro do Golpe. 

Clique aqui para ler no Globo 
Lula classifica de tentativa de golpe ação da oposição no mensalão.

Ao se despedir do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), na manhã desta quinta-feira, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu a participação dos conselheiros, lembrou que, quando o órgão foi criado, em 2003, foi acusado pelo Congresso de ameaçar os poderes do Legislativo, e comparou a ação da oposição em 2005, durante a crise do mensalão, como tentativa de golpe. Lula aproveitou a presença do vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para agradecer aprovação do modelo de partilha do pré-sal , nesta madrugada.
Ao agradecer a participação dos conselheiros, Lula destacou, sem citar nomes, aqueles que, em 2005, apesar do escândalo do mensalão, continuaram participando do órgão. Foi nesse momento que ele classificou o momento como tentativa de golpe.
- Sobretudo eu quero agradecer àqueles companheiros que eram do conselho que, no auge da crise de 2005, em que, eu nunca disse isso, mas naquela tentativa de golpe que se tentou dar no Brasil, vocês permaneceram no conselho – declarou.
- Vocês não desistiram do conselho. Vocês não misturaram o trabalho que estavam fazendo para o Brasil com a vinculação com o governo. Vocês conseguiram separar e isso foi extremamente importante para mim, que era presidente da República, mas, sobretudo, para o país. Vocês eram o lado sereno da sociedade, que não se permitia enganar com determinado tipo de discurso. Acho que fizemos a travessia extraordinária. (…)
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No fim do Governo, o presidente Lula se tornou mais explícito.
Depois de oito anos de engolir em silêncio os sapos da Globo e do PiG, agora ele defende uma Ley de Medios – clique aqui para ler “Regulação não é censura”.
Depois de oito anos, o presidente Lula chama o Pig de partido Golpista.
A oposição e o PiG tentaram transformar o mensalão num instrumento para o Golpe.
Observe-se que o mensalão, como diz o Mino Carta, ainda está por provar.
E o impeachment só não se deu porque a oposição adotou a “teoria do sangramento”.
A “teoria do sangramento” é uma sub-seção da “teoria da dependência” do Farol de Alexandria.
Consistiu no seguinte:
Não dar o Golpe, mas fazer o Lula sangrar e deixar que ele chegasse à eleição moribundo.
Aí, FHC se elegeria e, nos braços do povo, seria coroado Rei.
Só por isso a oposição desistiu do Golpe.
É bem verdade que Lula ameaçou botar o povo na rua, clique aqui para ler, para preservar o mandato.
Se isso ia acontecer, são outros quinhentos.
A franqueza de fim de mandato do presidente Lulas poderia estender-se a alguns capítulos – poucos – cinzentos de seu Governo.
Um exemplo, por que ele se submeteu à chantagem do Daniel Dantas, o passador de bola apanhado no ato de passar bola, e concordou com a construção da P-36, a BrOi.
Por exemplo, um mistério profundo liga Lula a Gilmar Dantas e Nelson Johnbim.
Só um mistério profundo permite supor que Lula, de fato, considere Nelson Johnbim um bom ministro da Defesa da guerrilheira Dilma Roussef.
Clique aqui para ler “Uma mulher na Defesa, por que não?”. 

Em tempo: o grande estadista Thomas Jefferson que concedeu a histórica entrevista à Renata Lo Prete, da Folha foi quem denunciou o mensalão e agora já ameaçou: no governo Dilma vai jorrar sangue. 
Em tempo 2: como se provará em breve, num encontro histórico com o corajoso ministro Joaquim Barbosa, Daniel Dantas é quem irrigava o Valerioduto no mensalão. Ele está em todas. 

Paulo Henrique Amorim
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