Protógenes não está em casa, mas em Lavras, Minas, em solenidade em defesa da liberdade de expressão.
A empregada se recusava a deixar que entrassem e o zelador também.
Numa das tentativas, os policias tentaram entrar à força, na suposição de que o delegado se escondesse em casa.
Houve um confronto entre os policiais e o zelador.
Não se trata de uma cena do regime militar.
Nem da Alemanha nazista.
Mas, do Brasil de 2010.
E da Polícia Federal do Dr Correa, aquele que ainda não achou o áudio do grampo.
São cinco novos procedimentos disciplinares.
No total, Protógenes responde a mais de 20 “procedimentos disciplinares”, desde que, por duas vezes, prendeu o passador de bola apanhado no ato de passar bola, o banqueiro condenado Daniel Dantas.
O Procedimento # 364 é por conta de um discurso num ato do MST.
Procedimento # 362, por uma entrevista à revista Caros Amigos.
Procedimento # 363, por mencionar fatos não confirmados, dúbios, no relatório da Operação Satiagraha.
Procedimento # 310, por causa da presença de jornalistas na Operação Satiagraha, matéria que está sob julgamento no Forum Criminal de São Paulo.
E, por último, por hoje, o Procedimento # 311 – veja a ilustração – pelo suposto – diria a Folha – compartilhamento de dados com a ABIN.
Interessante, o Dr. Corrêa.
Ele já levou o Supremo Tribunal Federal mais a sério – especialmente durante a Suprema Presidência do Supremo Presidente Gilmar Dantas.
(Clique aqui para ler “Justiça arquiva ação de Gilmar contra PHA”)
(E aqui para ler “Presidente do Supremo perde ação na Justiça – o que significa isso?”)
Se o Dr. Corrêa levasse o STF mesmo a sério, ele se lembraria de voto lapidar do Ministro Carlos Alberto Direito, que considerou perfeitamente legal o compartilhamento dos dados da Policia Federal com a ABIN, no âmbito da Satiagraha.
Mas, parece, o Dr. Corrêa obedece ao Ministro do Supremo que lhe dá na telha.
Interessante também que o Dr. Corrêa, para cada procedimento que move contra o ínclito delegado Protógenes Queiroz, envolve três delegados, um escrivão e 4 agentes.
Isso significa que, para “proceder” o ínclito delegado Protógenes Queiroz ele já mobilizou mais funcionários da Polícia Federal do que colocou à disposição do ínclito delegado, ao logo de cinco anos, para investigar o Daniel Dantas.
Em lugar de investigar crime do colarinho branco, ele persegue quem investiga crime do colarinho branco.
Interessante, o Dr. Corrêa.
Quem manda nele?
Paulo Henrique Amorim
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