quarta-feira, 28 de julho de 2010

O libertário da nova informação

O CRIADOR DO WIKILEAKS

Julian Assange tinha vinte e poucos anos e os cabelos castanhos escuros quando se envolveu numa dura batalha com a ex-mulher pela guarda do filho dos dois.
Um problema pessoal que acabou sendo transformado na primeira grande experiência do então jovem programador australiano contra a burocracia e as grandes instituições pouco transparentes. E a primeira experiência também de um ativismo que iria desembocar anos depois no WikiLeaks, o site classificado de "criminoso" por uns e de "heroico" por outros.
Revoltado com a falta de transparência da agência australiana de proteção aos menores, que não havia dado ouvidos a suas reclamações em relação à ex-mulher, Assange criou junto com sua mãe uma organização de pais. Passou a gravar escondido todas as audiências e reuniões com as autoridades.
Na Justiça, apelou para o Ato de Liberdade de Informação da Austrália para conseguir acesso aos autos que deram base à decisão da agência - nem a isso os pais tinham direito, pois a burocracia tratava os autos como secretos até mesmo para os envolvidos.
E, acima de tudo, começou a distribuir folhetos para assistentes sociais, incentivando-os a vazar informações da agência de proteção a menores.
O caso em si acabou em um acordo quanto à custódia do garoto, mas marcou Assange profundamente de duas maneiras.
De um lado, parece ter sido a semente para o ativismo contra a "conspiração" das grandes instituições; por outro lado, parece ter deixado marcas físicas mesmo: segundo a mãe de Assange, a adrenalina e o desgaste da campanha foram tamanhos que ela própria sofreu de um estresse pós-traumático e seu filho ficou de cabelos brancos - o visual pelo qual é amplamente reconhecido agora. Leia mais »
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