quinta-feira, 8 de julho de 2010

LULA NA AFRICA

Lula: "O Fundo Monetário Internacional (FMI) está em silêncio profundo e que o Banco Mundial "ficou mudou" diante da crise financeira internacional."

Na visita ao Zâmbia, Lula afirmou que  "A crise já poderia ser tratada como se fosse uma coisa do passado se os países ricos tivessem colocado em práticas as medidas que foram discutidas no G20. Mas eles não colocaram. O sistema financeiro ainda não está controlado, os paraísos fiscais ainda existem e o crédito ainda não foi disponibilizado para atender ao comércio internacional".
"Quando a crise era num país como Zâmbia ou em um país como o Brasil, aqui apareciam o FMI e o Banco Mundial para nos ensinar o que fazer e para dar palpite nas nossas políticas. Agora que a crise é nos países ricos, o FMI está em um silêncio profundo e o Banco Mundial ficou mudo. Ou seja, eles não sabem como tratar a crise como pensavam que sabiam tratar a crise nos países pobres."
Lula disse que "agora estamos com uma crise na Europa que não sabemos ainda qual o tamanho dela".
"Ainda não sabemos a quantidade de dinheiro podre que existe nos bancos dos países europeus e não temos um sistema de fiscalização que possa nos informar o tamanho do buraco nos bancos alemães ou nos bancos franceses".
O presidente listou sucessos económicos do seu governo – o fato de o Brasil ser credor do FMI, ter cerca de US$ 250 bilhões em reserva e gozar de uma perspectiva de crescimento de pelo menos 5% neste ano.
Para Lula, a crise deve servir de "alerta para os países do sul ajam diferentemente do que agiram ao longo século 20".
"Durante grande parte do século 20 nós tivemos a expectativa de que os países ricos resolveriam nossos problemas. A crise mostrou que nós é que temos de resolver nossos próprios problemas", disse.
O presidente foi saudado na Zâmbia, onde assinou dez acordos – inclusive um no qual o Brasil aportará US$ 200 mil para um "Fome Zero Zâmbia" –, como o líder de um país-chave nas negociações internacionais.
"O Brasil hoje se destaca entre os países emergentes não apenas na região da América Latina, mas no mundo", disse o presidente Banda.
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