segunda-feira, 12 de julho de 2010

Lily Marinho: "Só faço almoço para a Dilma. Para os outros, não"

“Ao fim de seu almoço para Dilma Rousseff, cercada pela imprensa por todos os lados, Lily Marinho respondeu ao repórter que lhe perguntou se também fará almoços para os demais candidatos: "Não, só para ela!". Naquele momento, tive a certeza de que Dilma havia conquistado mais um voto. Afinal, em seu pequeno discurso, lido antes da sobremesa,
Lily falara da necessidade de "ouvir diretamente os candidatos, sem intermediários para formar opinião sobre a melhor escolha daquele ou daquela que irá conduzir nosso país nos próximos quatro anos".
Lily também lembrara o marido, Roberto Marinho, "que jamais se absteve de conviver com as diferenças de opinião". Mas não havia, naquela resposta de Lily ao repórter — "Não, só pra ela!" — qualquer resquício de dúvida, qualquer indecisão diante da escolha certa.
Dilma, em seu discurso de improviso, após a fala de Lily, foi uma grata revelação, para comentário geral. Falou com domínio dos assuntos, segura de si e das palavras, com simpatia e sorrisos, porém sem perder a firmeza que a caracteriza.
Discorreu sobre a situação da mulher, lembrando que "nenhuma brasileira discute se o Brasil está preparado para ter uma mulher na Presidência — o Brasil sabe que está preparado". Enalteceu as mulheres anônimas, as "heroínas" do cotidiano. Lembrou o salto dado pelo Brasil nos últimos anos: "Pensem em 2010 e olhem para 2002 e percebam como este país é diferente hoje". E continuou: "É diferente porque 24 milhões saíram da pobreza e 31 milhões foram elevados à classe média".
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