sexta-feira, 28 de maio de 2010

O discurso de Lula

Discurso de Lula


Diz que o Brasil é multiétnico, de todas as religiões.
A exclusão, o preconceito e a pobreza alimentam cenários de tensão e conflito, de dominação e de injustiça.
Enquanto houver fome e desemprego e intolerância étnica, religiosa, cultura e ideológica não haverá paz.
Precisamos renovar mentalidades. Para tanto é necessário proporcionar possibilidades de crescimento econômico para homens e mulheres que vivem à margem da civilização.
O Brasil aposta no entendimento que faz calar as armas. Investe na esperança, que supera o medo. Faz da democracia política e social sua única e melhor arma.
Minha experiência como líder sindical ensinou que posições inflexíveis só impedem a paz.
Com esse propósito o primeiro ministro da Turquia e eu fomos ao Irã buscar um acordo.
O mundo precisa do Oriente Médio em paz e o Brasil não está alheio a essas necessidades.
Defendemos um planeta livre de armas nucleares.
Acreditamos que a energia nuclear deve ser instrumento para promoção do desenvolvimento, não uma ameaça.
O Brasil é dos poucos países a consagrar em sua Constituição a proibição de construir e usar armas nucleares.
Na América Latina e Caribe estamos consolidando a integração de um espaço territorial. Queremos que nossa diversidade seja fator de multiplicação de nossas forças.
Foi a perspectiva de avanço das civilizações que nos fez realizar duas reuniões de cúpula com países árabes e dois com africanos.
Só assim enfrentaremos aquecimento global, o terrorismo mas, acima de tudo, com a fome e a miséria no mundo.
Incapaz de assumir seus próprios erros, alguns governantes procuram transferir para os mais fracos, criando dificuldades para exportação dos países emergentes e, ao mesmo tempo, defendendo paraísos fiscais e combatendo os imigrantes.
Combater manifestações de xenofobia e racismo é essencial.
Os jovens se constituem em um dos grupos mais vulneráveis ao fanatismo e à intolerância. Mas são sempre a melhor promessa para o futuro, sempre que orientados para o respeito às diferenças. Imprescindível um forte investimento na educação.
Povos sem conhecimento de sua história e de sua cultura não tem como avaliar o presente e serão incapazes de construir seu próprio futuro.
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