VOCAÇÃO

A organização precária e a insignificância do Carnaval Santareno provocou um belo debate e esse comentário no Blog do Jeso.

Por Tiberio Alloggio

Será que ninguém percebe que o “Carnaval santareno” não é nada demais? Que nunca foi nada demais e que continuará sendo nada demais?
Que o Carnaval santareno era e continua sendo de nenhuma tradição?
E que por isso nunca terá a capacidade de atrair multidões, e tampouco turistas?
E que isso, além de não ser um crime, não é culpa de ninguém?
O mundo e o Brasil estão cheios de lugares onde o Carnaval não tem tradição. E ninguém fica chorando por isso.
Não há nada demais em reconhecer que o Carnaval santareno é coisa normal.
Quem quiser “curtir a normalidade” do Carnaval fica aqui, quem quiser e puder mais, vá para Óbidos e demais lugares “especialistas” na arte da folia.
ALTER DO CHÃO não tem vocação por isso.
Além do mais, não tem capacidade de carga par se tornar um ponto de visitação massivo.
O potencial de Alter está justamente nas suas características de pequena beleza natural dentro do cenário amazónico.
Um lugar privilegiado a ser valorizadas justamente por essas suas características. Um point para fazer turismo ecológico, para descansar e fugir das loucuras da vida urbana.
Alter ainda é procurada (dentro e fora do Brasil) para isso, e nessa perspectiva deveria desenvolver esse seu potencial.
LOUCURA é insistir “importar” nesse (ainda) paraiso as loucuras do entretenimento massivo de origem urbana.
Se continuar insistindo a tornar aquele belíssimo ex-vilarejo em um ponto de visitação massiva, estarão decretando a sua morte em pouquíssimo tempo.
Vocação é coisa que vem de dentro e se encontra por dentro, não por fora.
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