quinta-feira, 19 de novembro de 2009

PT às Urnas

Neste domingo o Partido dos Trabalhadores em Santarém muda de diretoria. Uma chapa de consenso, com a participação de todas as correntes petistas deve "amornar" a discussão local.
A chapa é encabeçada pela ex-coordenadora do extinto Instituto Sócio-Ambiental do Município (ISAM), Luzia Fati, que tem como vice a ex-vereadora Odete Costa.
No mesmo dia serão realizadas as eleições gerais do PT para escolher seu novo presidente nacional, além de definir a composição e a liderança dos diretórios estaduais da legenda.
Um dos fundadores do partido, mas desfiliado desde 2003, o sociólogo Chico de Oliveira não acredita em mudanças substanciais na sigla, seja qual for o resultado do pleito.
"O que vai acontecer é que, se a Dilma Rousseff ganhar, o partido terá maior importância do que tem hoje", avalia, ao se referir a um aumento da influência do PT no governo federal em caso de vitória da atual ministra chefe da Casa Civil.
Oliveira saiu do PT por divergências em relação às políticas -consideradas por ele "neoliberais" - implementadas pelo governo Lula à época. Em seguida, ajudou a fundar o PSOL, com o qual também viria a romper posteriormente.
A disputa interna no PT está polarizada entre a corrente Construindo um Novo Brasil, favorita e encabeçada pelo ex-diretor da Petrobrás José Eduardo Dutra, e a oposicionista Mensagem ao Partido, liderada pelo deputado José Eduardo Cardozo (SP).

Terra Magazine - Qual a importância da eleição à presidência do PT para a definição dos rumos do partido hoje? Haverá mudança ou tudo fica como está?
Chico de Oliveira - Tudo fica como está. Qual é a corrente principal de novo? O ex-Campo Majoritário (NR: agora chamada de Construindo Um Novo Brasil). A única oposição é do José Eduardo Cardozo, que é muito minoritária dentro do partido. Não há mudança e, principalmente, os nomes mais importantes do mensalão farão parte da diretoria (da chapa favorita). Não vai haver mudanças.

A direção do partido continuará subordinada às necessidades políticas do presidente Lula?
Sempre está subordinada. O que vai acontecer é que, se a Dilma Rousseff ganhar, o partido terá maior importância do que tem hoje (dentro do governo).

Por quê?
Porque a Dilma Rousseff não tem história dentro do partido. Ela é isolada; na verdade, ela foi tirada da manga do colete do presidente Lula e ela vai ter que formar quadros para governar.”
Entrevista Completa, Aqui
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