quinta-feira, 14 de maio de 2009

A RAPOSA E A UVA

Em política tem coisa que nunca será possivel explicar. Uma dessas veio à tona com a notícia de que Banco do Brasil apresentou queda no seu lucro líquido de quase 30% no primeiro trimestre do ano. Motivo? A incorporação da falida Nossa Caixa, banco estatal paulista envolvido em inúmeras suspeitas nas gestões do PSDB.
Quem tem boa memória vão lembrar que a Nossa Caixa, na gestão tucana de Geraldo Alckmin em SP, foi alvo de investigação do Ministério Público por ter gasto de forma irregular R$ 28 milhões em verbas de publicidade.
Esse dinheiro pagou, a preços muito maiores que de mercado, anúncios em veículos de aliados do PSDB (incluindo a revista Primeira Leitura, comandada pelo jornalista Reinaldo Azevedo, atualmente, na Veja).
À época, foi dito que o dinheiro teria sido usado como combustível de apoio à candidatura de Alckmin à Presidência da República.
Mais recentemente, o atual governador José Pedágio também usou a Nossa Caixa para fazer propagandas do seu governo em mídia nacional,
O resultado não podia ser outro. A má gestão quebrou a Nossa Caixa, que foi incorporada pelo Banco do Brasil, no ano passado.
Péssimo negócio para o BB.
Sempre comparando os primeiros trimestres de 2008 e 2009: a Nossa Caixa apresentou prejuízo de R$ 349 milhões. Em função da carteira bichada do banco paulista, o BB elevou em 65% a provisão para créditos de difícil recuperação, chegando a R$ 2,654 bilhões. As despesas com pessoal dispararam 63%. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio recuou de 43,5% para 23,8%.
Ou seja, Lula salvou Serra de uma bomba atômica. E mandou a conta para os acionistas do BB (incluindo nós, os contribuintes).

EL GRANDE ACUERDO?
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