quinta-feira, 19 de março de 2009

Por que o preço da gasolina não cai (Na bomba)

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Se você é como eu e toda semana deixa uma parcela razoável dos seus proventos em algum posto de gasolina, deve estar se perguntando por que o preço do danado ouro negro não cai para o consumidor se o noticiário anuncia quase que cotidianamente a queda nas cotações internacionais dessa commodity.Esta semana o preço do barril de petróleo bateu os US$ 40 nos pregões mundo a fora.

Em junho do ano passado, esse mesmo barril custava U$ 140. Tamanha queda - fruto do freio no consumo provocado pela crise econômica mundial - deveria representar uma baixa significativa no preço final, certo? Errado. O preço na bomba nem se mexeu.

O resultado é que o litro da gasolina brasileira (note-se que produzimos 90% do que consumimos) é 33% mais cara que o mesmo litro de gasolina nos EUA, por exemplo. O caso do óleo diesel chega a ser pior: 68% mais caro para nós.

As más línguas dizem que a monopolista estatal Petrobras não baixa o preço do combustível porque estaria compensando as “perdas” que teve ao segurar a tabela ano passado, vésperas das eleições municipais. E que o Governo Lula não quer que o preço baixe tão radicalmente agora para não impactar em perda de arrecadação.

Isso mesmo, amig@s, combustível é um dos pilares arrecadatórios da República - junto com telefonia e energia elétrica.

Veja o quadro abaixo. Os preços são do ano passado, referentes a São Paulo, mas a participação relativa dos agentes econômicos não se alterou desde então:

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É isso mesmo. A carga tributária praticamente dobra o preço do combustível no trajeto entre a Petrobras e a bomba de gasolina.

E advinha quem paga a conta…

Um comentário:

Breno Lima disse...

Sou partidário da sua opinião, acredito que o negócio do petróleo é o pilar de recursos da nação e a intrincada teia da cadeia produtiva do setor é fonte de atividade econômica para vários outros setores. É lamentável que a estatal brasileira ainda não tenha conseguido compensar essa perda em cascata para a população. Reconheço que o tema é complexo e visado, porém numa pequena surfada pela rede é perceptível que o negócio anda indo para frente e a falta de transparência é no mínimo intrigante, senão óbvia!