Agora é oficial: o Ártico e a Antártida estão esquentando mais rápido do que se imaginava e seus mantos de gelo, especialmente o da Groenlândia, estão derretendo sob influência do aquecimento global. As conclusões são do maior esforço de pesquisa já feito sobre as regiões polares, que envolveu mais de 10 mil cientistas de 60 países, incluindo o Brasil.
Um relatório preliminar divulgado ontem em Genebra, que encerrou esse esforço de pesquisa, o 4º Ano Polar Internacional, afirma que “parece certo agora que tanto o manto de gelo da Groenlândia quanto o da Antártida estão perdendo massa e portanto aumentando o nível do mar, e que a taxa de perda de gelo na Groenlândia está crescendo”.
O degelo acelerado dos polos é uma das maiores incertezas nos modelos do aquecimento global. Se derretidos, o oeste da Antártida e a Groenlândia elevariam o nível do mar em vários metros, o que seria desastroso para a humanidade.
Os Pirineus tiveram quase 90% de degelo em suas montanhas no século passado e o aquecimento global pode fazer o que restou das geleiras desaparecer nas próximas décadas, de acordo com um estudo do governo espanhol.
A pesquisa, feita pelo Ministério do Meio Ambiente, verificou que dos cerca de 3.300 hectares de gelo que cobriam a cadeia de montanhas entre a Espanha e a França no começo do século 20, restam somente 390 hectares hoje.
Segundo o estudo, o derretimento de geleiras no sul da Europa tem agilizado nos últimos anos. Entre 2002 e 2008, por exemplo, os Pirineus espanhóis perderam cerca de um quarto do gelo das geleiras.
--
Nenhum comentário:
Postar um comentário