quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

“Não somos folclore da humanidade”

Povos originários das Américas Latina e Central e da África reafirmam suas culturas e identidades no dia dedicado à Pan-Amazônia no Fórum Social Mundial 2009.
Uma das principais preocupações dos povos originários é fazer a humanidade compreender que o indígena é um sujeito de direitos, um ator político que precisa ser ouvido em função de sua autoridade originária, e não um ornamento a mais na grande festa da democracia que é o FSM.Na avaliação de movimentos sociais, ONGs e do próprio Conselho Internacional do FSM, a crise global na economia obrigou o Fórum a entender a questão amazônica dentro deste contexto e reforçou a necessidade de alternativas ao modelo de desenvolvimento capitalista. Os indígenas, presentes em grande número na marcha desta terça-feira, concordam. “É o avanço das multinacionais que chega atropelando nossos territórios, saqueando nossa água, nossos bosques, a riqueza natural. Antes havia uma economia que não havia fome, que não matava crianças. Hoje os indígenas são os mais pobres dos mais pobres. O modelo está em crise mas não está morto. Por isso, precisamos fazer este debate no FSM”, acredita Jorge Ñancucheo, da CAOI – Coordinadora Andina de Organizações Indígenas, que veio para Belém com 200 indígenas de diferentes povos da Argentina, Chile, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia. As organizações indígenas estão preparando para o dia 12 de outubro – data da chegada dos europeus ao continente – uma grande mancha mundial em defesa da mãe terra.
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