CORTAR GASTOS? NÃO! GASTAR! GASTAR!
Paulo Henrique Amorim
O Brasil é o único lugar do mundo em que os neoliberais ainda mandam.
Mandam no Banco Central, que persegue a inflação – e no mundo inteiro os bancos centrais reduzem as taxas de juros.
Mandam no PiG, que publica as platitudes de seus “colonistas” (*) e dos “especialistas”, que pregam o corte dos gastos.
No mundo inteiro, os governos irrigam a demanda, porque, como ensinou Keynes, não se sai de uma crise sem botar grana no bolso do consumidor.
Aqui, não !
Aqui, os gênios neoliberais perseguem o fantasma antigo: a inflação.
É uma questão de hábito, de minoridade intelectual e de interesse político: a política antiinflacionária de juros altos é mamão com açúcar para os bancos.
A primeira coisa que o presidente eleito (não é o Serra, não) Barack Obama fez foi reunir um time de craques da economia e estudar um plano de estimulo econômico.
Viva Keynes !
Aqui, a rapaziada não consegue se livrar do Milton Friedman, aquele que inspirou os Chicago Boys de Pinochet ...
(*) Se refere à “colônia”, dá a idéia de pessoa “colonizada”, submetida ao pensamento hegemônico que se originou na Metrópole e se fortaleceu nos epígonos coloniais. Epígonos esses que, na maioria dos casos, não têm a menor idéia de como a Metrópole funciona, mas a “copiam” como se a ela pertencessem.
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