Por Paulo Henrique Amorim
Conversa com um alto funcionário da Abin, ontem em Brasília, no Congresso:
O senhor já ouviu essa gravação ?
Que gravação ?, reagiu o funcionário da Abin.
A gravação do diálogo do Gilmar Mendes com o Demóstenes Torres.
Não, não ouvi.
O senhor conhece alguém que tenha ouvido a gravação ?
Não, não conheço ninguém que tenha ouvido isso, respondeu.
Onde está a gravação ?
Não tenho a menor idéia.
Se essa gravação não aparecer, como é que vai ser a investigação ?
É, respondeu o alto funcionário da Abin. Eu não tinha pensado nisso.
Então, vão ter que pedir à Veja.
É, ele respondeu. Pelo jeito só pedindo à Veja.
E se a Veja não quiser dar ?
Aí, respondeu o funcionário da Abin, tem que recorrer à Justiça.
É, mas a Veja entra com uma liminar no Supremo e o Gilmar Mendes dá.
Então, diz o funcionário da Abin, não tem gravação.
E, aí, como é que se descobre quem fez a gravação e quem mandou fazer ?
Aí, respondeu o alto funcionário da Abin, só acreditando no Gilmar Mendes e no Demóstenes Torres.
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