O último resultado parcial do referendo de domingo (10) na Bolívia, com 94,24% dos votos apurados, dava uma vantagem para o "Sim" ao presidente Evo Morales de mais de dois terços dos votos válidos: 67,6% a favor de Evo. Em 2005 Evo foi eleito com 53,7%.
Evo elevou sua votação em oito dos nove departamentos bolivianos, inclusive todos os quatro da "meia lua", cujos governadores se empenham numa aventura separatista.
Não é verdade (como o PIG noticiou) que houve uma espécie de empate nas urnas, com a preservação do mandato de Evo, de um lado, e dos governadores da "meia lua", de outro. Comparando-se a eleição de 2005, e o referendo de agora, verifica-se que o presidente elevou seu percentual de votos em todos os departamentos, exceto Chuquisaca, onde recuou 0,25% ponto, cerca de 450 votos, mas manteve uma razoável maioria.
Em Pando houve uma virada, e o "Sim" a Evo venceu com 52,5%. Em Tarija, praticamente um empate, pois o "Não" venceu por 0,34%, ou cerca de 600 votos. Numa palavra, a "meia lua" está mudando, e na direção oposta à desejada pelos oligarcas locais.
Este avanço, mais a vantagem de dois votos para um obtida pelo presidente, superando os 50% em seis dos nove departamentos, e o empate em Tarija, mostram um nítido vencedor no referendo de domingo: a proposta popular antiimperialista e radical-democratizante representada por Evo Morales.
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