Por Luis Nassif
Ontem o padre voador da Santa Catarina foi o tema do jantar com o pessoal da Alesc (Assembléia Legislativa) e da Associação Catarinense de Imprensa.
Antes dessa última aventura – de voar carregado por balões de festa – o padre já tinha empreendido feito semelhante. Errou o alvo e foi parar na Argentina, mas demonstrou o potencial do veículo. Para descer, sua técnica consistia em furar os balões, um a um para cair levemente.
A primeira aventura do padre foi patrocinada por um Buffet de festas de aniversário de crianças.
Quando se preparava para a segunda aventura, o padre foi buscar informações com alguns aeronautas do estado. A idéia dele era subir até determinada altura e se deixar levar pelos ventos. Informaram que iria dar nas costas da África. E, parece que sua intenção era ir apenas até uma cidade do estado ou do Paraná.
O padre não se intimidou, comprou um aparelho GPS, um celular para se comunicar por satélite, uma roupa de frio. Mas, parece que se esqueceu de levar pára-quedas.
No dia da partida, chovia. Recomendaram que não subisse. Ele disse que não tinha problemas porque a idéia era subir acima das nuvens. E, acima das nuvens, não chove.
Aí o padre se mandou, subiu, subiu. Algum tempo depois – me contam os colegas catarinenses – ligou para uma delegacia para saber se alguém podia ensiná-lo a usar o GPS. Ninguém sabia. Aliás, na partida brincaram com o padre, que GPS era "Guiado pelo Senhor". Disse que a bateria do seu celular ligado a satélites estava acabando e ele estava saindo da zona de captação do satélite.
Mais um pouco, telefonou de novo para a delegacia. Disse que estava caindo, e pedia orientação. O policial, que nunca tinha viajado pelos ares, entrou em pânico, disse “agarra os balões” e desligou em seguida.
Foi o último contato do padre com a civilização.
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