A vitória do direitista Silvio Berlusconi na Itália, reacendeu a discussão sobre imigrantes na Europa. Berlusconi, um magnata da comunicação, venceu as eleições legislativas por causa do apoio dos fascistas italianos.
Foi simbólico o fato de o novo primeiro-ministro levar ao seu lado a neta do ditador Benito Mussolini (Alessandra Mussolini) na primeira aparição pública após o resultado das eleições.
A Liga do Norte, de inclinação fascista, foi o fiel da balança para a vitória da direita na Itália. A Liga teve 9% do total de votos (a mesma diferença que elegeu Berlusconi, com um discurso preconceituoso contra imigrantes e até mesmo contra os italianos do Sul, considerados por eles um peso morto - na Itália, o Norte e o Nordeste são desenvolvidos, enquanto o Sul é pobre; uma relação semelhante à que acontece no Brasil com posições geográficas invertidas.
Berlusconi junta-se aos também conservadores Nikola Sarkozy (França) e Angela Merkel (Alemanha) para endurecer a entrada de estrangeiros na Europa.
Eles querem fechar as portas da Europa. Mas apenas para pessoas. O dinheiro que as multinacionais européias ganham no terceiro mundo é bom. A gente daqui, não. É uma das coisas curiosas da chamada globalização.
Produtos e capitais têm livre circulação. Já os seres humanos estão cada vez mais presos.
Em resumo, não somos bem-vindos em terras européias.
Mas no início do século passado, quando toda a Europa atravessava uma tremenda crise de alimentos e seus cidadãos passavam fome, foi para aqui que eles fugiram. E foram muito bem recebidos. Bons tempos aqueles.
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